quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Entrega do Orçamento de Estado para 2020, por Mário Centeno.

O (ainda?) ministro das Finanças, Mário Centeno, entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2020 esta segunda-feira, a poucos minutos da meia-noite. (?)

Mário Centeno chegou à Assembleia da República acompanhado pela sua equipa do Ministério das Finanças, Ricardo Mourinho Félix (secretário de Estado Adjunto), João Leão (Orçamento), António Mendonça Mendes (Assuntos Fiscais) e Álvaro Novo (Tesouro), pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, e pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas.
O titular da pasta das Finanças dirigiu-se à sala de visitas do presidente da Assembleia da República, onde Ferro Rodrigues o aguardava.

As minhas perguntas:

- É por desprezo pelos deputados?

- É por desprezo pelos jornalistas, que estiveram horas á espera?

- É por desprezo pelos portugueses? Pois este senhor e a sua equipa estão no governo DESDE o inicio da legislatura anterior!

É só incompetência e/ou má-fé!

- “Erro no Orçamento atribui 14 milhões a partidos sem assento na AR que eram para os maiores partidos. Governo admite lapso, mas destaca que mapa em questão não é votado e que, por isso, será facilmente alterado. O erro será corrigido na especialidade ou durante a execução orçamental.”

-Mas será que alguém acredita nisto??? É um erro Robin dos Bosques: tira aos partidos mais ricos, para dar aos mais pobres.

- Há mais erros…

Eleitores do Chega lançam petição para destituir Ferro. Já tem mais de 33 mil assinaturas.

Teor da petição publica:

“Vimos por este meio, pedir a destituição do Dr. Ferro Rodrigues, do cargo de Presidente da Assembleia da República, por ter censurado a palavra "vergonha" ao deputado do CHEGA, André Ventura, na sua intervenção do dia 12 de Dezembro de 2019.
Nós, cidadãos portugueses que elegeram através do seu livre direito de voto, o deputado do partido CHEGA, não admitimos nem toleramos que haja qualquer tipo de censura por parte de quem devia exigir a liberdade de expressão no desempenho das suas funções.
Desta forma, evidenciamos a renúncia do Dr. Ferro Rodrigues, em fazer cumprir o Artigo 37.º - (Liberdade de expressão e informação), da Constituição da República Portuguesa, nos pontos 1, 2 , 3 e 4;
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de se informar, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficarão submetidas ao regime de punição da lei geral, sendo a sua apreciação da competência dos tribunais judiciais.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta.
Não podemos tolerar qualquer ataque à liberdade de expressão, nem nos podemos submeter a tal controle linguístico, por parte de quem tem a responsabilidade de o manter na mais importante casa da democracia da nação. Por considerarmos também um vil e atroz ataque à democracia portuguesa, pedimos de imediato a destituição do cargo que desempenha e devida punição pela lei geral vigente.”

Texto da Petição para ver e/ou assinar: Petição

O «puxão de orelhas» do presidente da Assembleia da República ao presidente do Chega provocou a indignação dos apoiantes do Chega. Os eleitores do partido lançaram uma petição pública online, dirigida à Assembleia da República Portuguesa (AR), a exigir a destituição de Ferro Rodrigues «por ter censurado a palavra ‘vergonha’» a André Ventura, que tem já mais de 33 mil assinaturas.

O grupo invoca o incumprimento do Artigo 37.º da Constituição da República Portuguesa, relativo à «Liberdade de expressão e informação». «Não podemos tolerar qualquer ataque à liberdade de expressão, nem nos podemos submeter a tal controle linguístico, por parte de quem tem a responsabilidade de o manter na mais importante casa da democracia da nação. Por considerarmos também um vil e atroz ataque à democracia portuguesa, pedimos de imediato a destituição do cargo que desempenha e devida punição pela lei geral vigente», escrevem os autores da petição.

Esta alegada censura refere-se ao episódio que ocorreu na passada quinta-feira, 12, no Parlamento. Depois de uma intervenção do deputado único do partido Chega, Ferro Rodrigues repreendeu André Ventura por recorrer com «demasiada facilidade» às palavras «vergonha» e «vergonhoso» nas suas intervenções no Parlamento. Ventura intervia no debate sobre a remoção de amianto de edifícios públicos e terminou o discurso com críticas ao Executivo por ter verbas para subvenções vitalícias, mas não as despender para a remoção daquele material cancerígeno.

Em resposta a Ferro Rodrigues, o Chega colocou um cartaz com a palavra «vergonha» em frente à AR.

https://executivedigest.sapo.pt/eleitores-do-chega-lancam-peticao-para-destituir-ferro-ja-tem-28-mil-assinaturas/

Flor Pedroso deixa direcção da RTP debaixo de críticas e elogios

Polémicas com reportagens sobre lítio  e o Iscem levam a pedido de demissão já aceite. Redacção lamenta violação  de deveres deontológicos e de lealdade por parte da directora.

Acho que dos jornalistas que assinaram, alguns  só o fizeram porque desconheciam todos os factos, e portanto vingou algum corporativismo, outros por serem novos e tem medo de futuras repercussões na sua carreira, e, finalmente os avençados do regime socialista e serem de esquerda em geral ou contra a direita (o que no jornalismo dá status!).

Jornalista que se respeite e respeite o “juramento” do seu código deontológico não poderia assinar, nos termos apresentados, aquela petição!

Ver aqui : Código

“Maria Flor Pedroso esperou quase até ao fim: só a poucas horas do início do plenário de jornalistas para discutir a polémica em torno da sua actuação tanto na questão da reportagem do lítio como sobre a investigação conduzida pela equipa do programa Sexta às 9 a alegadas práticas irregulares no Iscem, e que levou ao cancelamento da reportagem, a directora de Informação da RTP pediu à administração a demissão do cargo. A equipa de Gonçalo Reis anunciou que aceitou, deixou-lhe rasgados elogios por estes 14 meses de trabalho e prometeu uma nova solução para breve. Mas a apreciação da redacção ao caso acabaria por ser diferente. Do plenário da tarde saiu uma resolução em que os jornalistas lamentam a “violação dos deveres deontológicos dos jornalistas e de lealdade” de Maria Flor Pedroso para com a redacção na investigação do caso Iscem. E sobre a directora adjunta, Cândida Pinto, que terá desvalorizado a necessidade de se fazer a investigação jornalística em “conivência” com Flor Pedroso, também lamentaram a “falta de explicações”. No comunicado divulgado já à noite, os jornalistas da televisão vincam ainda a rejeição de “qualquer tentativa de ingerência externa nas decisões que [lhes] competem exclusivamente” e reafirmam a “independência e a liberdade como pedras basilares do jornalismo”, assim como a “unidade da redacção” no compromisso de prosseguir esse caminho. Ao meio-dia, a equipa liderada por Gonçalo Reis confirmara que Maria Flor Pedroso colocara o seu lugar à disposição argumentando que, “face aos danos reputacionais causados à RTP” e à “reiterada exposição pública de insinuações, mentiras e calúnias” a que a sua equipa “é alheia”, não tinha “condições para a prossecução de um trabalho sério, respeitado e construtivo”. O conselho de administração considerou não ter “outra alternativa que não seja aceitar essa decisão”. Na carta que enviou à administração, a directora garantiu nunca ter cedido a outra motivação “que não a da causa de uma informação livre, isenta, plural e independente” e vincou não se rever na “construção de realidades alternativas a partir de meias verdades”. O PÚBLICO apurou que os directores adjuntos António José Teixeira, Cândida Pinto, Helena Garrido e Hugo Gilberto também puseram os respectivos lugares à disposição, como é habitual nestes casos. Ainda não há resposta da administração. A situação de Maria Flor Pedroso tornou-se insustentável depois de, na passada semana, se saber que havia falado com a directora do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (Iscem), encerrado compulsivamente em Setembro, que estava a ser alvo de uma investigação pela equipa do Sexta às 9 sobre “suspeitas de corrupção”. A directora de informação da RTP, que também foi docente daquele instituto, admitiu perante o conselho de redacção que recomendou à directora Regina Moreira que respondesse às questões colocadas por escrito. 

Caso relatado à ERC

O caso do Iscem foi relatado pela jornalista Sandra Felgueiras, coordenadora do programa, ao departamento de análise de media da ERC há uma semana, quando foi ouvida no âmbito do processo de averiguações aberto devido a queixas de espectadores sobre a suspensão do programa de reportagens durante o mês de Setembro, alegadamente por causa da campanha eleitoral. A jornalista e a directora foram chamadas à Assembleia da República a pedido do PSD e deram versões contraditórias: a primeira disse que a reportagem nem sequer estava pronta em Setembro; a segunda contrapôs que era possível emiti-la nessa altura. Na nota que enviou às redacções sobre a demissão da directora, a administração realça a sua “idoneidade e currículo irrepreensível” e agradece o trabalho “desenvolvido de forma dedicada, competente e séria” nos meses em que foi directora. A equipa de Gonçalo Reis vinca que esta direcção de informação estava a desenvolver uma linha editorial “assente num jornalismo objectivo e rigoroso, livre e independente, isento e plural” — a “matriz” do serviço público  —, em “absoluto contraste com a crescente tendência para um jornalismo populista e sensacionalista que [a equipa repudia] veementemente e que é imperativo combater”. O conselho de administração do canal de televisão público remata o comunicado afirmando que vai nomear “em breve” uma nova direcção, “à qual continuará a exigir a implementação das melhores práticas, para que o jornalismo feito pela RTP seja o mais complexo, o mais sério, o mais credível e o mais isento, de serviço do público”. O conselho de redacção da RTP tinha convocado para ontem um plenário de jornalistas sobre o conflito entre a equipa do Sexta às 9, coordenada pela jornalista Sandra Felgueiras, e a directora de informação da televisão pública, Maria Flor Pedroso. Numa reunião com o conselho de redacção na passada semana, a jornalista “acusou” — o termo é do próprio conselho de redacção — a directora de informação “de violação do dever de sigilo, ao transmitir à principal visada na reportagem [sobre o Instituto Superior de Comunicação Empresarial] informação privilegiada”. O Iscem estaria a exigir aos alunos pagamentos em dinheiro vivo para a transferência dos processos dos alunos após o encerramento do instituto em Setembro deste ano, que foi decretado pela Agência de Avaliação do Ensino Superior (A3ES). Seria ainda investigada uma acusação de um arquitecto que alegava que Regina Moreira, directora daquele instituto, lhe devia dois milhões de euros. Depois da intervenção de Flor Pedroso, o programa televisivo cancelou a reportagem. Segundo a directora, tratou-se apenas de uma tentativa de “ajudar” a investigação. A controvérsia motivou um pedido de debate de actualidade no Parlamento para a próxima quinta-feira, por iniciativa do PSD — o mesmo partido que tem insistido em falar do caso Sexta às 9 no plenário. Numa nota enviada ao PÚBLICO, na sexta-feira, a direcção de informação da RTP explicava que Maria Flor Pedroso foi docente de Jornalismo Radiofónico no instituto desde 2006. No final de uma “reunião de docentes”, no dia 8 de Outubro, foi interpelada por Regina Moreira, que lhe deu “conta de que tinha recebido vários contactos e chamadas do Sexta às 9 com um pedido de entrevista que ela não queria dar”. Numa tentativa de defender “os interesses da RTP” perante a “reiterada recusa da entrevista”, Maria Flor Pedroso sugeriu que a directora do Iscem respondesse por escrito, “sem nunca a ter informado da investigação do Sexta às 9” (??? a serio?). Entretanto, um abaixo-assinado em defesa da “integridade profissional” de Maria Flor Pedroso lançado na sexta-feira conta já com cerca de 150 subscrições de jornalistas de várias gerações e meios de comunicação, como Adelino Gomes, Henrique Monteiro, Anabela Neves, Francisco Sena Santos, Rita Marrafa de Carvalho, São José Almeida, Sérgio Figueiredo.  Referem o percurso de “jornalista exemplar” há mais de 30 anos, “sem mácula”, “reconhecida e respeitada pelos pares”, tendo chegado “por mérito ao cargo que actualmente ocupa” — uma referência para contrariar as acusações de falta de isenção devido aos laços familiares por afinidade com o primeiro-ministro.” maria.lopes@publico.pt

A lista dos apoiantes, segundo a SIC:

Lista completa dos subscritores (até às 21h00 de sábado 14-12):

Adelino Gomes – 123 A

Alexandra Monteiro – 2722 A

Alexandre Santos – 1845 A

Anabela Mota Ribeiro – 4113 A

Anabela Neves – 512 A

Ana Clotilde – 4650 A

Ana Daniela Soares - 7637 A

Ana de Freitas - 2197 A

Ana Gonçalves 1254 A

Ana Jordão – 1708 A

Ana Silva Fernandes 1362 A

Ana Sousa Dias 119 A

Anselmo Crespo – 4275 A

António Borga – 314 A

António Caeiro – 197

António Macedo

António Pedro Ferreira – 570 A

António Pinto Rodrigues – 594 A

Augusta Henriques - 1321 A

Bárbara Reis – 779 A

Carla Pinto – 1615 A

Carlos Andrade – 252 A

Carlos Branco – 151 A

Carolina Reis 5391 A

Célia de Sousa 2094

Cesário Borga – 37 A

Cláudia Costa – 1197 A

Cristina Ferreira - 738 A

Dina Soares - 693 A

Elsa Gonçalves – 1369 A

Emídio Fernando – Rádio Essencial (Angola)

Eugénio Alves - 58

Fernanda de Oliveira Ribeiro – 877 A

Fernando Alves – 285 A

Filipe Caetano – 2797 A

Filipe Garcia - 4224 A

Francisco Sena Santos – 333 A

Gonçalo Ventura 3677 A

Goulart Machado – 75 A

Guilhermina Sousa – 1593 A

Henrique Monteiro - 246 A

Inácio Ludgero - 63

Inês Escobar de Lima – 4367 A

Inês Forjaz – 5192 A

Isabel Cunha 1698

João Garcia – 255 A

João Paulo Guerra 302 A

João Pinheiro de Almeida – 91 A

João Torgal - 10266

Joana Garcia – 4861 A

Joana Latino – 1985 A

Joana Reis - 6609

José António Santos – 120 A

José Carlos Vasconcelos - 52

José Manuel Mestre – 566 A

José Mário Costa – 49 A

José Pedro Castanheira – 204 A

José Pedro Santos – 764 A

José Silva Pinto 4 A

Judith Menezes e Sousa – 838 A

Lígia Veríssimo – 1619 A

Lourenço Medeiros – 787 A

Luciano Alvarez – 1101 A

Luís Nascimento – 1619

Luísa Tito de Morais - 706

Luísa Meireles - 196 A

Madalena Salema – 550 A

Manolo Bello – 393 A

Manuela Pires – 2066 A

Manuela Teixeira - 8304

Marcos Borga - 1199 A

Mário Carneiro – 2225 A

Mário Galego 1105 A

Margarida Vaz 1294 A

Marta Pacheco 3943 A

Matilde Ramalho- 248

Natal Vaz – 90 A

Natália Carvalho – 510 A

Nicolau Santos – 646

Nuno Amaral – 5133 A

Nuno Simas – 807 A

Patrícia Bentes - 6033 A

Patrícia Fonseca - 2054 A

Patrícia Mouzinho – 2692 A

Paula Costa Simões - 2803-A

Paula Mesquita Lopes - 750 A

Paulo Barriga – 1333 A

Paulo Martins – 449 A

Paulo Nobre – 2539 A

Paulo Pedro Varanda – 1128 A

Pedro Coelho – 820 A

Pedro Morais Fonseca - 1163 A

Pedro Sá Guerra 2286 A

Raquel de Melo 4673 A

Rebecca Abecassis – 2910 A

Ricardo Costa – 1416 A

Ricardo Mota – 1284 A

Rita Costa – 3660 A

Rui Cardoso - 245 A

Rita Marrafa de Carvalho 3195 A

Rui Pêgo 1811 A

Rui Manuel Silva 3054 A

Sandra Antunes – 3232 A

Sara Madeira - 3234 A

São José Almeida – 909 A

Sérgio Figueiredo – 1170 A

Sérgio Infante 2549

Simão Martinho 3652 A

Sónia Ferreira 3048 A

Teresa Abecasis – 5356 A

Tiago Carrasco 5291 A

Vasco Rosendo - 1392 A

Viriato Teles – 273 A

Mário Soares e as mulheres, no livro de Joaquim Vieira

Era um homem bem resolvido. E as mulheres?

Sim, sempre atrás de mulheres, toda a vida. Um homme a femme, é o que o define. Não perdoava uma. Ele próprio fazia gala disso nas conversas com os homens. Contava-me isso: "Estava com aquela, mas queria escrever… Mas escrever?… Eu queria era estar com ela… Mas não ponha isto no livro. Não é por causa da minha mulher, é por causa da minha filha…"

Com a mulher isso já não era um problema?

A partir de certa altura a relação já era mais de conveniência.

Há cartas de Maria Barroso nos anos 60 muito sofridas…

São muito curiosas. Ele não queria saber. Estava lá fora, a gozar a sua vida. Estava-se um pouco nas tintas. Era um homem à antiga portuguesa. Tinha a mulher e as amantes. Mas a mulher era sagrada, não se ia separar nem fazer nada contra a família. Era um bocado a lógica das profissões liberais da Baixa: arquitectos, advogados e médicos. Conheciam-se todos e as amantes uns dos outros. Era o velho macho ibérico, latino. Fazia gala de contar as suas proezas sexuais. Ele chateou-se muito comigo por ter contado tudo isto. Mas acho que ele tinha um prazer secreto em se saber. Durante os almoços em São Bento, quando estavam só homens, acabava sempre com histórias de mulheres e ele contava as suas aventuras. Classificava as mulheres: as de que tinha gostado, as de que não tinha gostado.

Soares ficou zangado com as histórias da biografia?

Uma hora depois de eu ter comentado com um antigo colaborador dele que o livro falava de mulheres e de Macau, telefonou-me furioso. "Então você anda aí a dizer nos cafés que escreveu sobre as minhas relações… Olhe que vou processá-lo! Não sabe que sou um homem casado?" Não foi possível ter uma conversa calma. Ao fim do dia, depois de ter recebido o livro, telefonou-me e disse: "Fui lá procurar ao índice remissivo e não encontrei nomes nenhuns." A preocupação dele era que aparecessem os nomes. Isso é que era terrível. Quebrava o código de honra do macho latino. O cavalheiro não ia revelar o nome das senhoras. Ainda estava zangado, mas mais calmo.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Na margem sul, toujours!

Em princípio, todos os aviões vão ser obrigados a aterrar em ponto morto. As aeronaves que se dirigirem para aquele aeroporto terão de ir mascaradas de cegonha, para não atemorizar a avifauna local.

Primeiro, um ministro do PS disse que um aeroporto, na margem sul, jamais. Depois, o presidente do PS acrescentou que fazer um aeroporto na margem sul facilitava a vida aos terroristas, porque lhes bastava dinamitar uma ponte para criar um grande problema em termos de aviação internacional. A seguir, toda a gente passou a ser intensamente ambientalista. Pilinhas ambientalistas foram medidas para verificar quem amava mais o nosso planeta e a sua biodiversidade, campeonato que decorre ainda, com participantes empenhados em demonstrar a sua devoção ecológica. E agora, ao que parece, o governo do PS vai avançar para a construção do novo aeroporto no Montijo, a seis quilómetros da Reserva Natural do Estuário do Tejo, habitat natural ou ponto de passagem migratória para milhares de aves. Os altares em talha dourada que se ergueram durante a campanha eleitoral em homenagem a Greta Thunberg precisam certamente de ser limpos, porque as imagens da santa sueca devem estar a chorar lágrimas de sangue.

A não ser que o governo tenha tomado medidas que amenizem o impacto ambiental do aeroporto. Como não duvido da sinceridade dos novos ambientalistas, até porque fico impressionado com a força com que eles batem no peito ecologista, imagino que essas medidas sejam reais e importantes. Por exemplo, em princípio, todos os aviões vão ser obrigados a aterrar em ponto morto. As aeronaves que se dirigirem para aquele aeroporto terão de ir mascaradas de cegonha, para não atemorizar a avifauna local. Cada turista, além de pagar uma taxa extra, será obrigado a trazer consigo um saquinho de alpista, para que as aves do estuário se habituem a associar a chegada dos aviões ao almoço. Antes de tudo, no entanto, os pontos cardeais serão invertidos em Portugal por decreto, para que o aeroporto fique na margem norte do Tejo, contribuindo assim para não desfeitear os governantes do passado e estragando os planos aos terroristas do presente e do futuro. Tenho a certeza de que estas e outras medidas serão tomadas, para efectiva conciliação do aeroporto do Montijo com a saúde do planeta.

Ricardo Araújo Pereira

Ricardo Araújo Pereira

( Crónica publicada na VISÃO 1392 de 7 de novembro)

Este é o teste de Q.I. mais curto do mundo.

O teste de quociente de inteligência mais curto do mundo tem apenas três perguntas.

O Teste de Reflexão Cognitiva, elaborado por um professor da Universidade de Yale, em 2005, é composto por apenas três questões mas, para o caso de estar a pensar que não pode ser assim tão difícil, diga-se que um terço das pessoas falham e que mais de 80% erram pelo menos uma.

Vamos a isso? (As respostas estão no final da página)

1 – Um taco e uma bola de basebol custam 1,10 euros no total. O taco custa mais um euro do que a bola. Quanto custa a bola?

2 – Se cinco máquinas demoram cinco minutos para produzir cinco peças, quanto tempo seria preciso para 100 máquinas produzirem 100 peças?

3 – Num lago, há um campo de nenúfares. Todos os dias o campo duplica de tamanho. Se são precisos 48 dias para que o campo cubra o lago todo, quanto tempo demoraria para o campo cobrir metade do lago?

Sinais cerebrais traduzidos, pela primeira vez, diretamente em palavras

Se já respondeu, aqui fica a solução correcta:

1 – A bola custa 5 cêntimos. Como o taco custa mais 1 euro, sabemos que o taco custa 1 euro e cinco cêntimos, o que dá o tal total de 1,10 euros.

2 – São precisos 5 minutos. Se 5 máquinas levam 5 minutos para produzir 5 peças, quer dizer que cada máquina demora 5 minutos para fazer uma peça. Nesse caso, 100 máquinas produziriam em conjunto 100 peças nesses mesmos 5 minutos.

3 – 47 dias. Se o campo de nenúfares duplica a cada dia, no 47º dia tem de estar a meio do lago para que, no dia seguinte, ao duplicar, possa cobrir todo o lago.

https://visao.sapo.pt/sociedade/2019-10-23-este-e-o-teste-de-q-i-mais-curto-do-mundo-2/

Admirável mundo Glovo.

A humanidade não gosta de calor humano mas gosta de frieza humana. Nada contra o contacto com outros seres humanos, desde que seja à distância.

Descobrir o significado de frases que eram comuns há 20 anos é agora trabalho de historiadores. Por exemplo, “discar um número”, expressão oriunda do longínquo tempo em que os números, num telefone, figuravam num disco. Ou “deixar o telefone fora do descanso”, frase contemporânea da altura em que a única maneira de evitar chatos era evitar toda a gente. Era o tempo em que, quando o telefone tocava, perguntávamos “quem será?”, porque o nome de quem contactava não estava escrito no mostrador (até porque não havia mostrador). Mesmo algumas frases que se mantêm, tais como “se pretende informações, prima 1”, são resquícios de um tempo em que as teclas do telefone se premiam – verbo que hoje é exagerado uma vez que, em geral, nem há teclas nem, em rigor, se prime uma imagem. Ah, fascinantes arqueologias linguísticas! Todas elas relativas, curiosamente, ao universo dos telefones. A humanidade resolveu desenvolver o telefone com um empenho que não dedicou a qualquer outro objecto. Isso deve-se, provavelmente, ao facto de a humanidade ter descoberto que não gosta de calor humano. Toda a gente preza calor humano em teoria, mas na prática ninguém o estima. Isso é especialmente evidente quando – e este é um dos casos em que a crueza do exemplo é desculpada pela pertinência da observação – quando, dizia, nos sentamos na retrete e a argola ainda está morna por causa do utilizador que nos antecedeu. Ninguém aprecia a sensação e, no entanto, aquilo que nos repugna não pode ser definido de outra forma: é, sem dúvida nenhuma, calor humano.

Sucede então que a humanidade não gosta de calor humano mas gosta de frieza humana. Nada contra o contacto com outros seres humanos, desde que seja à distância. Donde, o telefone. A melhor qualidade de um produto é, aliás, oferecer ao consumidor a possibilidade de não sair de casa. Trabalhe a partir de casa, adquira este sistema de cinema em casa, agora já pode ir ao ginásio sem sair de casa. O que significa que, além do telefone, a casa também mudou muito. Antigamente, o que se valorizava eram os pretextos para sair de casa. Aliás, sair de vez em quando de casa era uma condição essencial para suportar melhor a vida em casa. Tendo em conta a nova realidade, não sei para onde vai o mundo. Mas, em princípio, é para casa.

(Crónica publicada na VISÃO 1393 de 14 de Novembro)

Ricardo Araújo Pereira

TAP paga 5,75% para se financiar em 375 milhões a 5 anos.

A companhia aérea vai suportar um custo superior para se financiar junto de investidores institucionais  do que particulares. Ninguém está preocupado?

Esta empresa está praticamente falida e isso deve-se á incúria dos governos, com predominância para o actual de António Costa.

A TAP na passada sexta-feira no mercado com uma emissão de dívida a cinco anos, sendo que a rendibilidade oferecida é 5,75%, de acordo com os dados da Bloomberg.

Segundo a agência de informação, a emissão ficará fechada hoje, com os livros de ordens a encerrarem pelas 14:30 em Londres. Apesar de os livros só fecharem às 14:30, a Bloomberg diz que as condições da operação já foram estipuladas: uma "yield" de 5,75% (inferior aos 5,875% iniciais) para uma emissão de 375 milhões de euros (mais 75 milhões do que o valor inicial).

A companhia aérea liderada por Antonoaldo Neves anunciou na segunda-feira que ia avançar com uma emissão de obrigações a cinco anos de 300 milhões de euros com o objectivo de refinanciar dívida existente e estender a maturidade média.

Para avançar com a emissão, a TAP solicitou rating das agências de notação financeira. A Standard & Poor’s atribuiu um "rating" inicial de "BB-" à empresa de transporte aéreo portuguesa, o que se situa no terceiro patamar do nível considerado "lixo".

Já a Moody’s atribui uma notação de B2, classificação corresponde ao quinto nível do chamado "lixo" – sendo, pois, considerado um investimento especulativo (por oposição ao investimento de qualidade).

Prémio elevado face a emissões comparáveis

Os gestores da TAP estiveram em "road show" nos últimos dias e os bancos responsáveis pela operação são o Morgan Stanley, o Citi e o JPMorgan.

A confirmar-se esta taxa de juro próxima dos 6%, a TAP vai suportar um custo superior à emissão de obrigações para o retalho realizada há cinco meses. A companhia aérea colocou 200 milhões de euros em títulos a 4 anos com uma taxa de juro de 4,375%.

Apesar do prazo da emissão de hoje ser ligeiramente superior, os investidores institucionais estão assim a exigir um prémio superior aos particulares para comprar dívida da TAP.

A confirmar-se a taxa de 5,875%, a TAP está a pagar um prémio próximo de 5,8 pontos percentuais face às obrigações soberanas portuguesas ("yield" de -0,06% a cinco anos) e acima de 6 pontos percentuais tendo em conta a taxa de juro do euro ("yield" de -0,22%).

A melhor comparação é contudo com outras emissões de empresas com o mesmo nível de rating e aqui a TAP também vai pagar um prémio considerável. A taxa de juro de 5,75% está 335 pontos base (3,35 pontos percentuais) acima da yield de 2,4% com que negoceiam as obrigações com rating "BB-", de acordo com o índice do Barclays.
A Bloomberg salienta que os investidores estarão a exigir um prémio mais elevado tendo em conta a elevada alavancagem da TAP. Segundo a Moody's, a empresa tem uma dívida ajustada que equivale a sete vezes o EBITDA.

Sevícia Nacional de Saúde.

Um dos aspectos mais intrigantes da Black Friday é que nenhuma loja se tenha lembrado ainda de construir uma tribuna na qual um imperador romano faz o sinal de polegar para cima ou para baixo.

Adoptando mais uma vez a estratégia vencedora de instituir efemérides em estrangeiro, os estabelecimentos comerciais preparam-se para celebrar a Black Friday. Em português, Sexta-feira Negra não soa tão bem. E, no entanto, a formulação portuguesa consegue descrever melhor o espírito da data. Mais uma vitória para a nossa língua, novamente superior às outras em termos de expressividade e precisão. Escuso de recordar que ingleses e franceses não sabem o que é quentinho nem devagarinho – e ninguém faz nada. Claro: eles sabem o que é quente e devagar. Mas quentinho e devagarinho é outra coisa, e passar pela vida sem saber a diferença parece-me inconcebível e cruel. “Toma este chá, que está quente”, é um aviso; “toma este chá, que está quentinho”, é um convite – e os falantes de línguas bárbaras não distinguem um do outro. Ora, a ONU não lança um plano, não elabora uma convenção, não manda capacetes azuis armados com gramáticas de português a França, a Inglaterra, a todo o lado. Há países em que as pessoas nunca vestiram um casaco quentinho, nunca fizeram nada devagarinho. Pior: num dia de inverno, nunca ficaram no quentinho, até porque não fazem ideia de que quentinho também pode ser substantivo. Até quando, meu Deus?

Com a Sexta-feira Negra sucede o mesmo. Na nossa formulação ressoa a lembrança da peste, que é importante para prevenir os ingénuos em relação ao que os espera. Vai haver muito contacto físico com gente suada e furiosa, pode haver feridas abertas e transmissão de vírus. Está lá o negrume que alerta para a amargura gerada pela disputa de produtos, que avilta mesmo quando se ganha. Um dos aspectos mais intrigantes da Black Friday é que nenhuma loja se tenha lembrado ainda de construir uma tribuna na qual um imperador romano faz o sinal de polegar para cima ou para baixo, conforme o consumidor tenha ou não conseguido resgatar um LCD com 30% de desconto das mãos de outro. E a expressão Sexta-feira Negra também contém uma referência subtil à obscuridade da cerimónia, seja porque as lojas oferecem 50% de desconto sobre os 50% de aumento que levaram a cabo na Quinta-feira Incolor, seja porque às vezes se limitam a escrever a palavra “desconto” na etiqueta, sem retirar nada ao preço – uma operação de marketing que é também uma interessante lição de filosofia da linguagem.

Portanto, é por causa da língua portuguesa que eu, sempre que há Black Friday, fico em casa. No quentinho.

Ricardo Araújo Pereira

(Opinião publicada na VISÃO 1395 de 28 de novembro)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Os dez pilares do pacto

O Pacto Ecológico Europeu apresentado ontem pela presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, é um conjunto de iniciativas que serão apresentadas e postas em prática durante os próximos anos. Algumas devem começar a ser lançadas já em 2020. A arquitectura do Pacto Ecológico Europeu assenta em dez pilares, que sustentam as 50 iniciativas propostas para converter o combate às alterações climáticas no novo modelo de crescimento económico do continente.  O roteiro já tem um calendário previsto, mas não uma previsão orçamental. O dinheiro para o financiar terá de ser reencaminhado do orçamento dos fundos estruturais no próximo quadro financeiro plurianual.

Ambição climática

Março de 2020

Introdução de uma lei climática europeia para consagrar o objectivo de conseguir que os países da União Europeia alcancem a neutralidade climática em 2050 

Verão de 2020

Apresentação das metas para a redução em 50% ou 55% das emissões de CO2 até 2030 

Junho de 2021

Revisão de todas as medidas legislativas destinadas a combater as alterações climáticas

Junho de 2021

Revisão da directiva para a taxação da energia Junho de 2021 Apresentação da proposta para o Mecanismo de Ajustamento de Carbono nas Fronteiras

2020/2021

Nova estratégia europeia de Adaptação às Alterações Climáticas

Energia limpa

Junho de 2020

Avaliação dos planos nacionais de Energia e do Clima dos Estados-membros

2020

Iniciativa para duplicar a taxa de renovação energética de edifícios públicos e privados 2020 Iniciativa para promover a energia eólica offshore

Junho de 2021

Revisão das directivas de Eficiência Energética e Energias Renováveis

2023

Actualização dos planos nacionais de Energia e do Clima para reflectir as novas ambições da UE

Economia circular

Março de 2020 Apresentação da nova estratégia industrial europeia

Março de 2020

Plano de Acção da Economia Circular, focada nos sectores intensivos como têxteis, construção, produtos electrónicos e plásticos

Outubro de 2020
Nova legislação sobre baterias

2020

Definição de novas políticas para fabricação de produtos mais sustentáveis, através do recurso a materiais reutilizáveis e/ou recicláveis

2020

Apresentação de plano para a transição para as emissões zero na produção de aço em 2030 2020

Proposta de reforma da legislação sobre resíduos

Poluição zero

Verão de 2020

Estratégia de químicos sustentáveis

2021

Plano de acção para a poluição do ar, da água e do solo 

2021

Revisão das medidas de combate à poluição originada pelas grandes instalações industriais

Ecossistemas e biodiversidade

Março de 2020

Nova estratégia europeia para a biodiversidade em 2030

2020

Nova estratégia florestal da UE, para plantar mais árvores, incluindo nas cidades, e restaurar áreas florestais degradadas ou exauridas

2021

Divulgação de medidas para mitigar a perda de biodiversidade

Agricultura verde

Primavera de 2020

Apresentação da nova Estratégia da Quinta à Mesa

2021

Divulgação do plano de acção para reduzir a utilização de pesticidas químicos, fertilizantes e antibióticos na produção agrícola e pecuária.

Mobilidade

2020

Divulgação da estratégia para a mobilidade inteligente e sustentável 2020 Instalação de um milhão de pontos públicos de carregamento de automóveis eléctricos até 2025

2020

Instalação de um milhão de pontos públicos de carregamento de automóveis eléctricos até 2025

2020

Propostas para a promoção das energias alternativas no abastecimento de transportes, incluindo aviões

2021

Revisão da directiva dos Transportes Combinados

2021

Iniciativas para aumentar a capacidade do tráfego ferroviário e fluvial 2021 Revisão da legislação dos standards de emissões automóveis para chegar a zero numa década

Mecanismo de Transição Justa

Janeiro de 2020

Apresentação da proposta para um novo mecanismo para a Transição Justa,  com o objectivo de mobilizar 100 mil milhões de euros entre verbas da União e recursos privados

Janeiro de 2020

Lançamento do novo Plano de Investimento para Uma Europa Sustentável

Outono de 2020

Nova estratégia para o Financiamento Sustentável

2020

Integração dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável no Semestre Europeu

2021

Revisão e flexibilização das regras de ajudas de Estado para o ambiente e a energia

Investigação  e inovação

Março de 2020

Lançamento do Pacto Europeu para o Clima

2020

Alinhamento de todas as medidas da Comissão Europeia com os objectivos do Green Deal e a promoção de inovação

2020

Apresentação da proposta para o 8.º Programa de Acção Ambiental

UE na vanguarda mundial

2020

UE na liderança das negociações internacionais do clima e da biodiversidade

2020

Divulgação da Agenda Verde para os países dos Balcãs Ocidentais

2020

Fortalecimento da diplomacia verde em cooperação com os Estados-membros 

2020

Construção de alianças verdes com os países da América Latina e Caraíbas, e Ásia e Pacífico

A decisão sobre a nossa meta para 2030 não será deixada ao acaso. […] Queremos ser ambiciosos, mas também queremos ser realistas” Ursula von der Leyen Presidente da Comissão Europeia

Público • Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2019

Projecto Mercúrio: o plano secreto da maçonaria para recrutar políticos.

O candidato à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, e o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, foram dois dos muitos recrutados no âmbito desta estratégia de poder da Grande Loja Legal de Portugal.

Foi através de um plano secreto e estrategicamente montado pela Grande Loja Legal de Portugal que a maçonaria recrutou figuras estratégicas do PSD, como Miguel Pinto Luz, e Marco António Costa e também do PS, como Duarte Cordeiro e Francisco André, chefe de gabinete do Primeiro-ministro

Baptizado dentro da maçonaria como Projecto Mercúrio visava captar personalidades influentes para combater a cada vez maior influência da outra obediência maçónica, o Grande Oriente Lusitano. Começou por ter como objectivo o recrutamento de pessoas ligadas à comunicação, mas acabou apostar na área política, tanto em deputados e figuras de destaque, como também em jovens promissores que estavam nas juventudes partidárias.

A teia de ligações foi exposta recentemente por Rui Rio, que acusou os seus adversários de serem maços. Mas não só Miguel Pinto Luz – que esteve na Loja Mercúrio e na Loja Prometeu) e Luís Montenegro – que admite ter participado em, pelo menos, um evento da Loja Mozart – têm ligações com maçons. O homem que o próprio Rui Rio escolheu para fazer a sua comunicação é um activo maçon do Grande Oriente Lusitano.

Na edição desta semana da VISÃO, conheça toda a teia de ligações, os políticos iniciados, os esquemas de recrutamento e veja quem foram os maçons que integraram todos os governos das últimas três décadas.

O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!!!

NENHUM GOVERNANTE FALA NISTO… PUDERA!!!!…

1. Reduzir as mordomias

(gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros atestados, motoristas, etc.) dos Ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República

para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas

que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais,

com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê?

E os aparelhos não são verificados, porquê?! É como um táxi, se uns têm de cumprir, porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados*?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais,

numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.

Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos,

que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.,

das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.

10. Acabar com os motoristas particulares

20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias… para servir suas excelências, filhos e famílias e, até, os filhos das amantes…

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado

e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado.

Não permitir, de modo algum, que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira

e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas, pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública(todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos

que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS… pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos,

caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa,

de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos

dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos,

onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP

e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP

que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP,

com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP

(Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito,

perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

25. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária

por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

26. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune,

fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

27. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores

de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de  adjudicações decididas pelos ditos.

28. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

29. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste postal, até percorrer todo o País.
POR TODOS NÓS, POR NOSSOS FILHOS E NETOS.

Num CONDOMÍNIO imaginário!

O PS é o quarentão do segundo andar, cheio de guita, que se divorciou o mês passado.
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O PSD é o vizinho velho, que foi administrador e tem a mania que ainda manda.
Ainda por cima, lá em casa ninguém se entende e tem altas cenas de violência doméstica.
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O BE é aquela vizinha trintona, enxuta, que nunca casou.
Está disposta a namorar com o quarentão do segundo andar, mas nada de casamento.
Cada qual tem a sua casa.
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O PCP também anda enrolado com o quarentão, mas ninguém pode saber.
É a típica gaja que só lá vai para… e baza!
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O CDS é o tio de bigode do Primeiro andar, que veste Pierre Cardin de 1997 e anda num Mercedes emprestado.
A mulher bazou de casa para casar com outro, mas ele continua a dizer que ela foi de férias com uma prima...
Há dois anos!
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O PAN é aquele gajo que vive com sete cães, três gatos, duas galinhas, nove periquitos e uma tartaruga albina.
Só come nabiças... e faz sexo tântrico com a mulher durante o fim de semana todo!
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O CHEGA é a porteira que diz mal de tudo e todas.    Não gosta de nada nem de ninguém.
A filha casou com um cigano e foi deserdada...
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O INICIATIVA LIBERAL mudou-se esta semana para o terceiro andar, mas ainda ninguém o viu...
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O LIVRE é aquele vizinho que nos bate à porta e passados dez minutos ainda não se percebeu uma palavra...