sexta-feira, 22 de maio de 2020
Apoios a grupos de media andam entre 9% e 10,2% das receitas trimestrais. Impresa e Media Capital.
Governo utilizou receitas de publicidade e circulação para calcular apoios aos media, mas percentagem varia consoante o grupo. Impresa recebe equivalente a 10,2% da receita do segundo trimestre de 2019. Seguem-se Media Capital (9,9%) e Cofina (9,6%).
O Governo calculou os apoios a atribuir a cada grupo de media tendo por base as receitas de publicidade e de circulação do segundo trimestre de 2019.“Tendo em conta o somatório dos valores de receitas de comunicações comerciais e de circulação no período homólogo, que foram comunicados ao Governo pelas entidades representativas do sector e pelos órgãos de comunicação social de âmbito nacional, e o montante total disponível para estas entidades, de 11,25 milhões de euros, foi calculada a percentagem a alocar a cada um”, de acordo com o gabinete do secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
O Governo distribuiu os apoios a 13 grupos de media com base numa percentagem da soma das receitas de publicidade e circulação no segundo trimestre de 2019, garantindo que o critério foi o mesmo para todos, mas sem divulgar as percentagens em questão.
O JE fez as contas, com base nos números divulgados pelos grupos de media que estão cotados em bolsa e nos da Megafin, a empresa que detém o nosso jornal. Chegámos à conclusão de que os apoios distribuídos a estes quatro grupos correspondem a entre 9% e 10,2% das receitas de cada um no segundo trimestre do ano passado, com a Impresa e a TVI a ficarem não só com mais de metade do bolo em termos absolutos, mas também com os valores mais altos em termos relativos (10,2% e 9,9% das suas receitas entre Abril e Junho de 2019).
Por exemplo, se a Impresa (dona da SIC e do Expresso) recebesse um apoio correspondente a 9% das receitas, como a Megafin, teria direito a menos 409 mil euros de apoio, um valor superior ao que o jornal Público vai receber, e 14 vezes mais do que o apoio atribuído ao Jornal Económico. No caso da Media Capital (TVI), uma percentagem de 9% representaria menos 404 mil euros em termos de apoio.
Os outros grupos não divulgam contas trimestrais e por isso não foi possível fazer os respectivos cálculos. Mas esta breve análise já permite concluir que houve que houve quem recebesse mais, não só em termos absolutos como relativos, em função do critério utilizado para calcular os apoios.
Para fazer esta comparação, o JE analisou as contas dos três grupos cotados em bolsa (cujos números trimestrais estão disponíveis no site da CMVM) e os da Megafin, a empresa proprietária do nosso jornal.
Desta análise, conclui-se que os apoios atribuídos correspondem ao equivalente a entre 9% e 10,2% das receitas registadas no segundo trimestre do ano passado, com a Impresa (dona da SIC e do Expresso) a liderar a tabela, seguida da Media Capital, proprietária da TVI. Estes grupos ficaram com a maior fatia dos apoios em termos absolutos (com mais de metade do bolo), tendo também liderado em termos relativos, em proporção das receitas.
A Impresa teve um total de receitas de circulação e de publicidade de 34,1 milhões de euros, com os 3,5 milhões de euros de apoios a representarem uma percentagem de 10,22% sobre este valor.
Já a Media Capital (dona da TVI) facturou um total de 33,7 milhões de euros em publicidade no segundo trimestre de 2019, tendo recebido um apoio de 3,37 milhões de euros. Ou seja, recebeu o equivalente a 9,9% das suas receitas.
No caso da Cofina (dona do Correio da Manhã), as suas receitas no segundo trimestre de 2019 atingiram um total de 17,66 milhões de euros, com o apoio agora anunciado a ascender a 1,69 milhões, ou seja, 9,57% sobre as receitas. Já olhando para a Megafin, dona do Jornal Económico, as receitas de publicidade e circulação entre Abril e Junho de 2019 ascenderam a 320 mil euros, pelo que o apoio 28.844 euros corresponde a 9,01% daquele montante.
A divulgação do bolo de apoio aos media causou polémica em Portugal esta semana.
O Observador anunciou que vai rejeitar o apoio estatal (de 90,5 mil euros) porque “nunca solicitou este tipo de apoio”, considerando que o “programa não cumpre critérios mínimos de transparência”.
Também o Eco (18,9 mil euros) anunciou que vai rejeitar o apoio dado pelo Governo, considerando que o “processo não tem a transparência que se exige tendo em conta o dinheiro público envolvido e o sector abrangido”.
Artigo publicado no Jornal Económico de 22-05-2020. Para ler a edição completa, aceda aqui ao JE Leitor
quarta-feira, 20 de maio de 2020
MARIDO RICO
Saiu numa edição do Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo).
Uma jovem mulher enviou um e-mail para o jornal a pedir dicas sobre "como arranjar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da rapariga, foi a resposta do editor do jornal que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.
E-mail da rapariga:
"Sou uma mulher linda (maravilhosamente linda) de 25 anos.
Sou bem articulada e tenho classe.
Quero casar-me com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano.
Há algum homem que ganhe 500 mil ou mais nesse jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que me possa dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso.
E 250 mil por ano não me vão permitir morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (do meu grupo de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca!
E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que é que ela fez que eu não fiz?
Qual a estratégia correcta?
Como chego ao nível dela?"
Raphaella S.
Resposta do editor do jornal:
"Li o seu pedido com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou a tomar o seu tempo à toa...
Posto isto, considero os factos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que procura), o que oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando o convencionalismo de lado, o que sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com a beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas há um problema.
Com toda a certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará a aumentar.
Assim, em termos económicos, você é um activo que sofre depreciação e eu sou um activo que rende dividendos.
Você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre a aumentar!
Explicando melhor, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano.
E no futuro, quando se comparar com uma fotografia de hoje, verá que se transformou num caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando a terminologia de Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (comprar e manter), que é para o que você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') consigo não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a ponderar é, namorar.
Sem ponderar...
Mas, já a ponderar e, para me certificar do quão "articulada, com classe e maravilhosamente linda" você é, eu, na condição de provável futuro locatário dessa "máquina", quero tão-somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio !!!
podemos marcar?"
Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA
segunda-feira, 18 de maio de 2020
ESQUEMA DA GUERRA FRIA – FATOS MARCANTES
• Teve início por ocasião do fim da 2ª Guerra Mundial.
• Teve duração de 46 anos, colocando o mundo todo sob a ameaça de uma guerra nuclear.
• Enfraquecimento económico e político dos países europeus.
• Bipolaridade mundial.
• Ausência de confrontos directos entre EUA e URSS.
• Bomba Atómica Soviética.
• Criação da OTAN e do Pacto de Varsóvia.
• Descolonização da África e da Ásia.
• Revolução Socialista na China.
• Guerra da Coreia (1950 – 1953).
• Guerra do Vietnam (1959 – 1975).
• Invasão da Hungria.
• Primavera de Praga.
• Revolução Cubana.
• Crise dos Mísseis (1962).
• Aliança para o Progresso.
• Combate ao populismo na América Latina.
• Apoio às Ditaduras Latino Americanas.
• Perestroika e Glasnort.
• A URSS adopta uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro.
• Queda do muro de Berlim em 1989 (maior representação do fim da Guerra Fria).
• No Brasil a Guerra Fria fez-se sentir principalmente no governo Dutra com o rompimento de relações diplomáticas com os países socialistas, na “Aliança para o Progresso”, no Golpe Militar de 1964 e no apoio à Ditadura Militar (1964 – 1985).
Blaylock: Máscaras faciais representam sérios riscos para os saudáveis.
Russell Blaylock adverte que não só as máscaras faciais não protegem os saudáveis de adoecer, mas também criam sérios riscos à saúde do utilizador. A questão é que se você não está doente, você não deve usar uma máscara facial.
À medida que as empresas reabrem, muitos estão exigindo que compradores e funcionários usem uma máscara facial. A Costco, por exemplo, não permitirá que os compradores entrem na loja sem usar uma máscara facial. Muitos empregadores estão exigindo que todos os funcionários usem uma máscara facial enquanto trabalham. Em algumas jurisdições, todos os cidadãos devem usar uma máscara facial se estiverem fora de sua própria casa.
Com o advento da chamada pandemia COVID-19, temos visto uma série de práticas médicas que têm pouco ou nenhum apoio científico no que diz respeito à redução da propagação dessa infecção. Uma dessas medidas é o uso de máscaras faciais, máscara sus previamente tipo cirúrgica, bandana ou máscara respiratória N95. Quando essa pandemia começou e sabíamos pouco sobre o vírus em si ou seu comportamento epidemiológico, supunha-se que ele se comporta, em termos de disseminação entre as comunidades, como outros vírus respiratórios. Pouco se apresentou após intenso estudo desse vírus e seu comportamento para mudar essa percepção.
Este é um vírus um pouco incomum em que para a grande maioria das pessoas infectadas pelo vírus, não se experimenta nenhuma doença (assintomática) ou muito pouca doença. Apenas um número muito pequeno de pessoas está em risco de um resultado potencialmente grave da infecção — principalmente aquelas com condições médicas graves subjacentes em conjunto com idade avançada e fragilidade, aquelas com condições imunológicas comprometedoras e pacientes em lares próximos ao fim de suas vidas. Há evidências crescentes de que o protocolo de tratamento emitido aos médicos tratadores pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principalmente a intubação e o uso de um ventilador (respirador), pode ter contribuído significativamente para a alta taxa de mortalidade nesses indivíduos seleccionados.
Usando uma máscara, os vírus exalado não serão capazes de escapar e se concentrarão nas passagens nasais, entrarão nos nervos olfactivos e viajarão para o cérebro.
Russell Blaylock
Quanto ao apoio científico ao uso da máscara facial, um exame criterioso recente da literatura, no qual foram analisados 17 dos melhores estudos, concluiu que: " Nenhum dos estudos estabeleceu uma relação conclusiva entre o uso de máscara/respirador e a protecção contra a infecção por gripe". 1 Tenha em mente que nenhum estudo foi feito para demonstrar que uma máscara de pano ou a máscara N95 tem qualquer efeito na transmissão do vírus COVID-19. Quaisquer recomendações, portanto, devem ser baseadas em estudos de transmissão do vírus da influenza. E, como você viu, não há evidência conclusiva de sua eficiência em controlar a transmissão do vírus da gripe.
Também é instrutivo saber que até recentemente, o CDC não recomendava o uso de máscara facial ou cobertura de qualquer tipo, a menos que uma pessoa fosse conhecida por estar infectada, ou seja, até recentemente. Pessoas não infectadas não precisam usar máscara. Quando uma pessoa tem tuberculose, temos que usar uma máscara, não toda a comunidade de não infectados. As recomendações do CDC e da OMS não se baseiam em estudos desse vírus e nunca foram utilizadas para conter qualquer outra pandemia ou epidemia de vírus na história.
Agora que estabelecemos que não há evidências científicas que exijam o uso de uma máscara facial para prevenção, há perigos de usar uma máscara facial, especialmente por longos períodos? Vários estudos têm encontrado problemas significativos com o uso de tal máscara. Isso pode variar de dores de cabeça, até o aumento da resistência das vias aéreas, o acúmulo de dióxido de carbono, até a hipoxia, até complicações graves com risco de vida.
Há uma diferença entre a máscara respiratória N95 e a máscara cirúrgica (máscara de pano ou papel) em termos de efeitos colaterais. A máscara N95, que filtra 95% das partículas com diâmetro mediano >0,3 μm2 , porque prejudica a troca respiratória (respiração) em um grau maior do que uma máscara macia, e é mais frequentemente associada com dores de cabeça. Em um desses estudos, os pesquisadores entrevistaram 212 profissionais de saúde (47 homens e 165 mulheres) perguntando sobre a presença de dores de cabeça com uso de máscara N95, duração das dores de cabeça, tipo de dor de cabeça e se a pessoa tinha dores de cabeça pré-existentes. 2
Eles descobriram que cerca de um terço dos trabalhadores desenvolveram dores de cabeça com o uso da máscara, a maioria tinha dores de cabeça pré-existentes que foram agravadas pelo uso da máscara, e 60% necessitavam de medicamentos para dor para alívio. Quanto à causa das dores de cabeça, enquanto as alças e a pressão da máscara podem ser causais, a maior parte das evidências aponta para hipoxia e/ou hipercapnia como causa. Ou seja, uma redução da oxigenação sanguínea (hipoxia) ou uma elevação no sangue C02 (hipercapnia). Sabe-se que a máscara N95, se usada por horas, pode reduzir a oxigenação sanguínea em até 20%, o que pode levar a uma perda de consciência, como aconteceu com o infeliz companheiro dirigindo sozinho em seu carro usando uma máscara N95, fazendo com que ele desmaie, e bater seu carro e sofrer ferimentos. Tenho certeza de que temos vários casos de idosos ou qualquer pessoa com má função pulmonar desmaiando, batendo a cabeça. Isso, é claro, pode levar à morte.
Um estudo mais recente envolvendo 159 profissionais de saúde de 21 a 35 anos descobriu que 81% desenvolveram dores de cabeça por usarem máscara facial. 3 Alguns tinham dores de cabeça pré-existentes que foram precipitadas pelas máscaras. Todos sentiram que as dores de cabeça afectaram seu desempenho no trabalho.
Infelizmente, ninguém está dizendo aos idosos frágeis e aqueles com doenças pulmonares, como DPOC, enfisema ou fibrose pulmonar, desses perigos ao usar uma máscara facial de qualquer tipo — o que pode causar uma piora severa da função pulmonar. Isso também inclui pacientes com câncer de pulmão e pessoas que fizeram cirurgia pulmonar, especialmente com ressecção parcial ou até mesmo a remoção de um pulmão inteiro.
Embora a maioria concorde que a máscara N95 pode causar hipoxia significativa e hipercapnia, outro estudo de máscaras cirúrgicas encontrou reduções significativas no oxigénio no sangue também. Neste estudo, os pesquisadores examinaram os níveis de oxigénio no sangue em 53 cirurgiões usando um oxímetro. Eles mediram a oxigenação sanguínea antes da cirurgia, bem como no final das cirurgias. 4 Os pesquisadores descobriram que a máscara reduziu significativamente os níveis de oxigénio no sangue (pa02). Quanto maior a duração do uso da máscara, maior a queda nos níveis de oxigénio no sangue.
A importância desses achados é que uma queda nos níveis de oxigénio (hipoxia) está associada a um comprometimento na imunidade. Estudos têm mostrado que a hipoxia pode inibir o tipo de células imunes principais usadas para combater infecções virais chamadas de linfócito T CD4+. Isso ocorre porque a hipoxia aumenta o nível de um composto chamado factor indutor de hipoxia-1 (HIF-1), que inibe linfócitos T e estimula uma poderosa célula inibidora imunológica chamada Tregs. . Isso define o cenário para contrair qualquer infecção, incluindo o COVID-19 e tornar as consequências dessa infecção muito mais graves. Em essência, sua máscara pode muito bem colocá-lo em um risco aumentado de infecções e, se assim for, ter um resultado muito pior. 5,6,7
Pessoas com câncer, especialmente se o câncer se espalhou, estarão em um risco adicional de hipoxia prolongada à medida que o câncer cresce melhor em um microambiente que é baixo em oxigénio. O baixo oxigénio também promove inflamação que pode promover o crescimento, invasão e disseminação de cânceres. 8,9 Episódios repetidos de hipoxia têm sido propostos como factor significativo na aterosclerose e, portanto, aumenta todas as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos) e cerebrovasculares (derrames). 10
Há outro perigo de usar essas máscaras diariamente, especialmente se usado por várias horas. Quando uma pessoa é infectada com um vírus respiratório, ela vai expelir parte do vírus a cada respiração. Se eles estiverem usando uma máscara, especialmente uma máscara N95 ou outra máscara de encaixe apertado, eles estarão constantemente respirando os vírus, aumentando a concentração do vírus nos pulmões e nas passagens nasais. Sabemos que as pessoas que têm as piores reacções ao coronavírus têm as maiores concentrações do vírus no início. E isso leva à tempestade mortal de citocinas em um número seleccionado.
Fica ainda mais assustador. Novas evidências sugerem que, em alguns casos, o vírus pode entrar no cérebro. 11,12 Na maioria dos casos, ele entra no cérebro por meio dos nervos olfactivos (nervos de cheiro), que se conectam directamente com a área do cérebro lidando com a recente consolidação da memória e da memória. Usando uma máscara, os vírus exalado não serão capazes de escapar e se concentrarão nas passagens nasais, entrarão nos nervos olfactivos e viajarão para o cérebro. 13
É evidente a partir desta revisão que não há evidências suficientes de que o uso de uma máscara de qualquer tipo pode ter um impacto significativo na prevenção da propagação desse vírus. O fato de que este vírus é uma infecção relativamente benigna para a grande maioria da população e que a maioria do grupo de risco também sobrevive, de uma doença infecciosa e do ponto de vista epidemiológico, deixando o vírus se espalhar pela população mais saudável, alcançaremos um nível de imunidade de rebanho muito rapidamente que acabará com essa pandemia rapidamente e impedirá um retorno no próximo Inverno. Durante este tempo, precisamos proteger a população em risco, evitando contacto próximo, aumentando sua imunidade com compostos que aumentam a imunidade celular e, em geral, cuidam deles.
Não se deve atacar e insultar aqueles que optaram por não usar uma máscara, como esses estudos sugerem que é a escolha sábia a fazer.
Referências
- bin-Reza F et al. O uso de máscara e respiradores para prevenir a transmissão da gripe: Uma revisão sistemática das evidências científicas. Resp Vírus 2012;6(4):257-67.
- Zhu JH et al. Efeitos do uso de longa duração do respirador N95 e máscara facial cirúrgica: um estudo piloto. J Lung Pulm Resp Res 2014:4:97-100.
- Ong JJY et al. Dores de cabeça associadas a equipamentos de protecção individual- Um estudo transversal entre os profissionais de saúde de linha de frente durante o COVID-19. Dor de cabeça 2020;60(5):864-877.
- Bader A et al. Relatório preliminar sobre máscara cirúrgica induziu desoxigenação durante cirurgia severa. Neurocirugia 2008;19:12-126.
- Shehade H et al. Vanguarda: O Fator-1 indutor de hipóxia regula negativamente a função Th1. J Immunol 2015;195:1372-1376.
- Westendorf AM et al. Hypoxia aumenta a imunossupressão inibindo a função celular T do efeito CD4+ e promovendo a atividade treg. Cell Physiol Biochem 2017;41:1271-84.
- Sceneay J et al. Imunossupressão orientada por hipóxia contribui para o nicho pré-metastático. Oncoimunologia 2013;2:1 e22355.
- Blaylock RL. Mecanismos imunoexcitatórios na proliferação de glioma, invasão e metástase ocasional. Surg Neurol Inter 2013;4:15.
- Aggarwal BB. Nucler fator-kappaB: O inimigo dentro. Célula de Câncer 2004;6:203-208.
- Savransky V et al. Hipóxia intermitente crônica induz aterosclerose. Am J Resp Crit Care Med 2007;175:1290-1297.
- Baig AM et al. Evidências do vírus COVID-19 voltados para o CNS: Distribuição de tecidos, interação hospedeiro-vírus e mecanismos neurotrópicos propostos. ACS Chem Neurosci 2020;11:7:995-998.
- Wu Y et al. Envolvimento do sistema nervoso após infecção com COVID-19 e outros coronavírus. Comportamento Cerebral, e Imunidade, na imprensa.
- Perlman S et al. Disseminação de um coronavírus neurotrópico murine no CNS através dos nervos trigêmeos e olfativos. Virologia 1989;170:556-560.
Dr. Russell Blaylock, autor do boletim The Blaylock Wellness Report, é um neurocirurgião, profissional de saúde, autor e palestrante certificado nacionalmente. Ele estudou na Escola de Medicina da Universidade Estadual de Louisiana e concluiu seu estágio e residência neurológica na Universidade Médica da Carolina do Sul. Durante 26 anos, praticou neurocirurgia, além de ter uma prática nutricional. Ele recentemente se aposentou de suas funções neurocirúrgicas para dedicar sua atenção total à pesquisa nutricional. Dr. Blaylock é autor de quatro livros, Excitotoxinas: The Taste That Kills, Health and Nutrition Secrets That Can Save Your Life, Natural Strategies for Cancer Patients, e seu trabalho mais recente, Biologia Celular e Molecular dos Transtornos do Espectro Autista.
https://www.technocracy.news/blaylock-face-masks-pose-serious-risks-to-the-healthy/
domingo, 17 de maio de 2020
A União Europeia se Autocensura para agradar à China
A Campanha Chinesa de Intimidação Mundial
por Soeren Kern • 11 de Maio de 2020
Os enviados chineses têm sido especialmente agressivos no Twitter, usando a plataforma para atacar, intimidar e silenciar jornalistas, legisladores e consagrados think tanks ocidentais, no fundo, qualquer um que entre em contradição com a versão oficial chinesa sobre os acontecimentos.
Sob pressão das autoridades chinesas, Esther Osorio, consultora de comunicações de Josep Borrell, chefe do serviço diplomático da UE, interveio pessoalmente para adiar a divulgação do texto original. Ao que consta a UE esperava obter maior consideração em relação às empresas europeias que se estabeleceram na China. Em 25 de abril, no entanto, o South China Morning Post, que também obteve uma cópia do texto original, revelou que Pequim havia ameaçado não enviar suprimentos médicos para a Europa se aquele parágrafo sobre a China não fosse retirado.
Em 15 de abril, o jornal de maior circulação da Alemanha, Bild, publicou um artigo com o título: "O Que a China Nos Deve Até Agora", indicando que a China deveria pagar à Alemanha €150 bilhões (US$162 bilhões) em indenizações pela pandemia do coronavírus. O artigo continha uma lista detalhada de danos econômicos, incluindo € 50 bilhões em perdas de pequenas empresas e € 24 bilhões em turismo que foi por água abaixo.
"Você governa por meio de monitoramento. Você não seria presidente sem a vigilância. Você monitora tudo, todos os cidadãos, mas se recusa a monitorar as feiras livres enfermas de seu país." — Julian Reichelt, redator-chefe do Bild, "Você Está Pondo em Perigo o Mundo Inteiro," endereçado diretamente ao Presidente Xi Jinping.
terça-feira, 12 de maio de 2020
Saiba como potenciar a limpeza da sua casa em tempos de pandemia.
Porque muita gente não sabe ainda o modo mais correcto de manter a casa limpa e desinfectada para evitar o contágio do novo coronavírus, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor dá conselhos práticos sobre o que fazer desde que chega a casa até ao momento em que vai levar o lixo à rua. “Não precisa de desinfectar a sua casa de fio a pavio, mas as superfícies mais tocadas requerem uma atenção especial”, explica a Deco, que deixa aqui algumas dicas para manter casa, roupa e loiça limpas.
Quando chega a casa.
Descalce-se de imediato e deixe o calçado sempre no mesmo local, próximo da entrada. Todos os membros da família devem fazer o mesmo -Mude a roupa exterior (casacos, camisolas, t-shirts, calças) e evite sacudir/agitar a roupa para minimizar a possibilidade de dispersar qualquer tipo de vírus e germes no ar -Coloque a roupa a arejar no exterior e nunca a guarde de imediato no roupeiro ou gavetas -Lave as mãos, assim como o rosto -Se traz sacos de compras ou outros, não os coloque sobre mesas ou bancadas;
Limpeza de superfícies .
Comece por limpar as superfícies com água e detergente (bancadas, mesas, loiças sanitárias, puxadores, comandos, etc.) tendo a especial atenção de dedicar um pano/esfregão para cada divisão (um para a casa de banho, outro para a bancada da cozinha). Seque bem as superfícies lavadas. .Use uma solução diluída de lixívia, de álcool a 70% ou de água oxigenada. Não misture estas substâncias com outras, pois pode desencadear reacções perigosas. Deixe actuar por 10 minutos, pelo menos, antes de limpar de novo apenas com água. Como a lixívia pode corroer o metal, é recomendável que este processo não se torne um hábito para lá da crise que atravessamos. Já a água oxigenada pode ser usada a partir de um frasco com spray e deixado actuar pelo menos por um minuto. Não é corrosivo, por isso pode usá-lo em superfícies metálicas mas, tal como a lixívia, pode descolorir os tecidos se acidentalmente entrar em contacto com as suas roupas. .Não tente fazer em casa o seu gel desinfectante pois têm de ser respeitadas doses bem precisas e o processo pode ser perigoso. Não use vodka (leu bem: vodka!) uma vez que a concentração de álcool, apesar de elevada, não chega para desinfectar. O vinagre também não tem suficiente poder desinfectante para a limpeza de superfícies. .Sempre que puder, varra a casa e aspire pelo menos uma vez por semana, não esquecendo de lavar também o chão com água e detergente;
Loiça e roupa .
Carregue completamente a sua máquina da loiça e da roupa: utilizar a função de meia carga não equivale de maneira nenhuma a metade dos gastos com electricidade e água; .Não vale a pena colocar detergente a mais, não é por isso que a loiça ou a roupa ficam mais bem lavadas. Antes pelo contrário: pode dificultar uma lavagem e enxaguamento correctos; .Leia as etiquetas da roupa que vai colocar a lavar e se alguém em sua casa estiver doente, lave a roupa de cama, toalhas, roupa interior, pijamas (se for possível, se a sua máquina o permitir e se o tipo de roupa também) a temperaturas mais elevadas, normalmente “algodão a 60°C”. .
Se não tiver em casa uma máquina de roupa com um programa de “algodão a 60°C, então equacione utilizar um secador de roupa de modo a sujeitar a roupa a temperaturas mais elevadas. Caso não tenha um secador de roupa, aconselhamos que coloque um pouco de lixívia no programa que vai utilizar; Sempre que possível, seque a roupas num estendal em vez de utilizar o secador de roupa.
sábado, 9 de maio de 2020
A desconfina flor
Bizarramente os meus compatriotas optaram por fazer fila em cabeleireiros e barbearias em vez de se dirigirem, como eu, à sede da CGTP. Um processo de filiação que vale bem mais que um corte de cabelo.
Como todos os portugueses que passaram as últimas semanas em quarentena, saí ontem de manhã preparado para enfrentar as bichas à porta do sítio onde toda a gente queria ir depois de quase dois meses de confinamento.
Bizarramente, ao chegar lá, não tinha ninguém à frente. Os meus compatriotas optaram por fazer fila em cabeleireiros e barbearias, em vez de se dirigirem, como eu, à sede da CGTP. Um processo de filiação que vale muito mais que um corte de cabelo. A trunfa espera bem mais dois ou três dias, eu já estou treinado a não olhar para espelhos. Mesmo importante é não perder os benefícios de pertencer à Intersindical. Nunca se sabe se não volta o Estado de Emergência. Prefiro ser um guedelhudo e passear por onde me apetece, do que um penteadinho que tem de cumprir escrupulosamente todas as regras do isolamento social.
Obviamente, o segundo local onde me dirigi foi ao médico. Depois de 52 dias em casa com uma mulher, 4 crianças e um cão, fui a um o otorrinolaringologista. Neste momento, estou surdo e não consigo falar sem ser aos berros. Sinto-me como um idoso que é capataz numa serração. Que opera dentro de um Hércules C-130. Onde estão a tocar os Moonspell. Com a Dulce Pontes como convidada especial.
O curioso é que, cá em casa, não notámos que estávamos a gritar muito uns com os outros. Só nos apercebemos no dia em que a polícia veio avisar que não podíamos fazer uma festa àquela hora da noite, quando eu só estava a embalar o meu filho com uma canção e umas palmadinhas na fralda.
(Por falar no bebé, tenho pena que, apesar do que a Ministra da Saúde disse, a Igreja mantenha o plano de festejar o 13 de Maio sem peregrinos, por causa do coronavírus – ou seja, desta feita, em vez de trazer pessoas a Fátima, um ser invisível afasta pessoas de Fátima. É que gostava de lá ir prestar homenagem. Nesta quarentena, desenvolvi uma admiração especial por Nossa Senhora. Também ela criou um filho que não tinha crianças com quem brincar. Maria, por causa de Herodes, que mandou matar todos os bebés até dois anos. Eu, por causa desta quarentena que tirou o miúdo da creche e me obriga a passar as 24 horas do dia com ele.
Não aconselho, aturar um pirralho que não tem amiguinhos da sua idade com quem se entreter. É que o meu filho está mesmo a imitar Jesus. Julga que eu sou Deus, porque parece achar que a minha paciência é infinita. E, de certa forma, também transforma água em vinho: desde que fiquei confinado com ele, é raro não estar com um copo de tinto na mão).
Apesar dos gritos, não se julgue que a quarentena foi um mau período familiar. Pelo contrário. Acho que tanto tempo juntos, ainda mais do que o costume, fortaleceu as relações entre todos. Especialmente, devo dizer com surpresa, a minha relação conjugal. Sinto que saímos deste período com um casamento ainda mais sólido. Na adversidade, conseguimos desenvolver uma cumplicidade que está ao alcance de poucos casais. No início, foi difícil. Qualquer coisa que um de nós dizia servia para iniciar uma discussão.
– O que vai ser o jantar?
– “O que vai ser o jantar?”, não é?
– Sim, qual é o problema?
– Podias perfeitamente ter perguntado “o que é o jantar?”, mas tinhas de enfatizar que é no futuro, não é? “O que vai ser”. Vai ser, porque esta preguiçosa ainda não fez nada. Se calhar nem vai fazer, a calona.
– Mas interessa a forma como eu conjugo?
– Ah! “Eu com jugo”! Lá está o menino a fazer-se de vítima. Tem uma canga pendurada, é?
– Não foi nada disso que eu disse.
– Fui eu que ouvi mal. Sou surda, querem ver?
– Não és nada surda.
– Então sou mentirosa. É isso?
Depressa percebemos que assim não íamos durar muito. E, ao longo das semanas, evoluímos. Deixámos de discutir por qualquer coisa que alguém dissesse. Começámos a entendermo-nos, já sabíamos o que o outro estava a pensar. De maneira que passámos a discutir quando ninguém dizia nada.
– O que foi isto?
– Eu não disse nada.
– Não disseste, mas a tua barriga fez barulho. Aí, a roncar de fome, como quem pergunta “o que é que vai ser o jantar?” “O que vai ser”, não é? José Diogo Quintela
Observador
AJUSTES DIRETOS.
Nós vamos ter em breve novos milionários em Portugal. Adivinhem de onde esses milionários vêm?
Já se perguntaram porque razão os partidos e políticos portugueses não parecem ter um pingo de ética?
É porque não precisam! Não há nada no sistema político português que permita aos cidadãos penalizá-los.Isto começa logo no sistema eleitoral para o parlamento. Os portugueses julgam que “vivem em democracia” porque “têm o voto”, mas é um logro. O sistema eleitoral não lhes permite escolher quem os “representa” no parlamento, nem sequer IMPEDIR que os candidatos em “lugares elegíveis” sejam “eleitos”, duma maneira que nada tem a ver com as preferências do eleitorado.
Um representante tem de ser escolhido pelos representados. Se não, não é representante. É por isso que é essencial que o voto seja em nome.Na prática, quem está representado no parlamento são os grupos de interesse, não os cidadãos.
Não encontramos este voto neutralizado na maioria dos países europeus. Na maioria dos países da nossa dimensão, também há listas eleitorais em vez de círculos de um só lugar, mas essas listas são ABERTAS à ordenação pelos votantes, por meio de votos em nome (também chamados preferenciais).
O sistema alemão é mais complexo, mas é uma excelente alternativa às listas abertas.
Concluindo: podemos ter voto em nome e ao mesmo tempo uma proporcionalidade superior ao sistema eleitoral actual. Só vai para o parlamento quem tem mais votos – e desse modo os cidadãos têm meios de escovar os piores elementos, que tendem a sair de cena. Dá um poder de escrutínio completamente diferente.
Portugal só deixará de afundar economicamente e socialmente, quando os portugueses forem governados por uma classe política NORMAL. O primeiro passo para isso é terem um sistema eleitoral NORMAL. Notem, é só o primeiro passo – mas talvez o mais importante – ou seja, passarem a eleger os seus representantes no parlamento.
Jorge Tavares
Manual de Crítica a Trump para Totós
Todos os média nacionais noticiaram, sem os achaques sintomáticos do costumeiro preconceito ideológico, os elogios que Trump fez, em telefonema para Marcelo, à forma como Portugal lidou com a Covid-19
Algum dia tinha de acontecer. Mais cedo, ou mais tarde, a comunicação social portuguesa teria de reconhecer mérito em alguma coisa que Donald Trump fizesse. E assim foi. Todos os média nacionais noticiaram, sem os achaques sintomáticos do costumeiro preconceito ideológico, os elogios que Trump fez, em telefonema para Marcelo Rebelo de Sousa, à forma como Portugal lidou com a Covid-19. Por mera coincidência, a nossa imprensa não considerou esta declaração do presidente norte-americano merecedora de qualquer reparo. “Finalmente, o fascista cor-de-laranja diz uma coisa acertada!”, ecoou por essas redacções fora.
O que foi pena, pois teria sido uma estupenda oportunidade para salientar o despropósito de Trump felicitar os líderes políticos de um país que, entre 212 territórios, é o 19º com mais mortes por habitante. Mas não. Por azar, esta parvoíce do presidente dos EUA escapou ao, em qualquer outra circunstância agudíssimo, espírito crítico dos jornalistas lusos. Imagino as reacções se, em vez de congratular o governo português, Trump tivesse parabenizado o executivo do Bolsonaro pelo estupendo desempenho no combate ao vírus, ainda que no Brasil a mortalidade por habitante seja um terço da portuguesa.
No que às opiniões de Donald Trump diz respeito, tomo a liberdade de sugerir aos nossos periodistas o Manual de Crítica a Trump para Totós. É um volume sucinto, composto por duas meras dicas. Quando as declarações de Trump são parvas, explicar, com factos, o porquê de serem parvas. Quando as declarações de Trump não são parvas, apertar com firmeza os coletes-de-forças àqueles camaradas cujo sonho era trabalhar na redacção do Pravda, meter dois Kompensans no bucho e tentar não manipular essas declarações ao ponto de ser pateticamente óbvio o esforço de fazê-las parecerem parvas.
Mas este 1º de Maio também ficou marcado pela manifestação da CGTP em Lisboa. Isto enquanto quase todos os portugueses estavam confinados nos seus lares. A iniciativa foi muito criticada, mas penso que especialmente os sindicatos da função pública tiveram fortíssimos motivos para o protesto. Afinal, somos, ou não, todos nós, contribuintes, os patrões destes funcionários? Somos. E temos, ou não, praticamente todos, estado ausentes dos nossos locais de trabalho? Temos. Pois é, os funcionários públicos que se reuniram na Alameda limitaram-se a protestar contra o clássico e censurável absentismo dos patrões exploradores do povo trabalhador!
Enquanto isso, uma sondagem realizada para o Jornal de Notícias e para a TSF mostra que a percentagem de portugueses que aprovam a forma de governar de António Costa tem vindo a subir, com novo máximo em Abril de 74%. Estive a fazer umas contas e cheguei à seguinte conclusão. Admitindo que o coronavírus andará por aí até Outubro de 2023, está em perigo o recorde mundial de Saddam Hussein, obtido no referendo de 2002, no Iraque, quando recebeu 100% dos votos. Estimo que, se a juntar a tudo isto, Rui Rio ainda for líder do PSD nessa altura, o PS de Costa vá ganhar as próximas legislativas com 117% dos votos. Ou 118%.
Este resultado não espanta porque, de facto, o governo está soberbo. E, tudo indica, em breve veremos mais resultados desta mestria sob a forma de nova intervenção na TAP. Agora que parece em aberto a possibilidade do Estado reforçar a posição na estrutura accionista, o ministro Pedro Nuno Santos está mortinho por deitar as mãos à empresa. Não admira. Apesar da crise actual, há indicadores muito positivos. Por exemplo, se é verdade que há um ano a Bloomberg noticiava que a TAP era a companhia aérea menos pontual do mundo, a verdade é que, nos últimos dois meses, o número de voos que sofreram atrasos diminuiu drasticamente.
Tiago Dores
A greve como instrumento de política orçamental.
Se os impostos servissem para financiar os serviços públicos, seria legítimo exigir uma revisão constitucional a impor uma diminuição automática da carga fiscal por cada dia de greve na função pública.
A sustentabilidade de qualquer arquitectura de ‘estado social’ exige o equilíbrio orçamental a longo prazo. É por isso que países empenhados na manutenção de um elevado nível de coesão social, como a Alemanha, a Finlândia e a Holanda tem tradicionalmente regras rigorosas de equilíbrio orçamental. A falta desse rigor noutros países, como a Espanha, Itália e Portugal, é a melhor prova de que neles não há verdadeiro compromisso com uma visão sustentável de solidariedade social: neles o ‘estado social’ é fogo de artifício que depois de brilhar momentaneamente nos deixará com uma cana queimada que não serve para nada. Na verdade pouco lhes importa o ‘estado social’ de amanhã quando o podem ter, todo hoje, só para eles.
Por definição consegue-se equilíbrio orçamental quando as receitas igualam as despesas. Receitas, no caso do Estado, são basicamente Ⓐ impostos, taxas, coimas, multas, venda de empresas públicas, alienação de património diverso etc. Despesas são basicamente Ⓑ salários dos funcionários públicos, avenças várias para especialistas que ajudam a o governo a governar e Ⓒ aquisição de produtos e serviços intermédios, nacionalizações de empresas de sector financeiro, transporte aéreo etc..
Os governos do nosso supremo líder A. Costa têm feito um esforço louvável na prossecução do equilíbrio orçamental. Como? Antes de mais nada, através de um hercúleo esforço para aumentar Ⓐ os impostos. Depois, através de uma louvável moderação na aquisição de Ⓒ designadamente produtos e serviços intermédios supérfluos (mascaras cirúrgicas—Atenção: perigosas quando usadas fora de hospitais—, material de combate a incêndios, segurança em Tancos, etc.), através do inovador mecanismo orçamental conhecido como ‘cativações’, que funciona algo como: “Eu disse que havia dinheiro e que vos dava e vocês estavam a contar com ele, mas afinal já não vos dou, lamento…”
Mas existem outros mecanismos, menos conhecidos, que o governo também tem usado para conseguir uma notável convergência para o equilíbrio orçamental. Um deles são as greves da função pública. As greves servem, na política orçamental dos nossos governos, como instrumento de contenção de Ⓑ despesa com os salários dos funcionários públicos: quando há greves não há salários e a despesa diminui. É aliás por isso que os governos do nosso supremo líder A. Costa não porão qualquer entrave a generosos e sustentados aumentos salariais na função pública desde que os sindicatos do sector responsavelmente se comprometam a um correspondente aumento de actividade grevista que permita poupanças equivalentes.
“No entanto”, podem-se queixar alguns cidadãos mais ingratos, “quando há greves não há serviços públicos” que, supõem eles na sua ignorância, são a justificação para a existência de Ⓐ impostos. Se, de facto, os impostos servissem para financiar a prestação dos serviços públicos à sociedade, seria legítimo exigir uma revisão constitucional a impor uma diminuição automática da carga fiscal por cada dia de greve na função pública. Suponha-se que, nos cerca de 250 dias úteis de um ano, há 10 dias de greves no sector público; isto daria azo a que houvesse, automaticamente, um corte de 1/25 nos impostos orçamentados para esse ano. Como? Através da devolução à sociedade civil de um montante monetário equivalente de IRS e/ou IVA cobrado nesse ano. Quiçá, teríamos um enorme apoio da sociedade aos grevistas, evitando tenções sociais desnecessárias.
Que os impostos não se destinam, no nosso país, ao financiamento da prestação de serviços públicos com objectivo aumentar o bem-estar das populações fica claramente demonstrado pela inexistência de um articulado na linha do que foi exposto acima. Então para que servem os impostos em Portugal? Para financiar compadres, clientes, e corruptos…
Us avtores não segvem a graphya do nouo AcoRdo Ørtvgráphyco. Nem a do antygo. Escreuem como qverem & lhes apetece.
Jose Miguel Pinto dos Santos e Victor Gomes da Silva
https://observador.pt/opiniao/a-greve-como-instrumento-de-politica-orcamental/
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Quer cultivar sua própria comida? 9 dicas para ajudá-lo a começar.
6 de Maio de 2020 / Mary Halton
Seja como um hobby, enquanto as pessoas estão presas em casa, ou uma maneira de obter produtos frescos sem ir às lojas, hortaliças e frutas está tendo um pouco de renascimento agora.
Mas se você mata plantas domésticas há anos ou não sabe por onde começar, não é tão complicado, diz Stephen Ritz,educador da cidade de Nova York e fundador da Máquina do Bronx Verde. Ele cultiva comida com crianças em salas de aula há anos no Sul do Bronx, uma área considerada um deserto alimentar, onde o acesso a supermercados - e alimentos frescos e saudáveis - é limitado.
Aqui estão as dicas dele para cultivar sua própria comida:
Primeiro, há muitas plantas que são fáceis para os produtores iniciantes. " Eu os chamo de unders e overs", explica Ritz. "Há algumas coisas que crescem sobre o chão, como alface, espinafre e cebolinha, e você não pode errar com elas. E há coisas que crescem sob o solo, como rabanetes, cenouras, cebola verde, que são muito fáceis. Salsa, orégano, outras ervas - são mais coisas com as quais você não pode errar. Tomates também são plantas muito fáceis de cultivar." (Nota do editor: Se você está tentando cultivar alguma planta dentro de casa, você deve ter um ponto que recebe muito sol directo – pelo menos 4 – 6 horas por dia para legumes e 8 – 10 horas por dia para frutas.)
Além da facilidade, também é bom escolher plantas que você pode continuar a desfrutar, em vez das que você apenas colhe uma vez, diz Ritz. "Coisas que você pode cortar e comer continuamente como verduras de colarinho e verduras de mostarda. Hortelã é tão legal crescer em casa. Eu acho que a melhor hortelã para crescer é a hortelã de chocolate, porque as folhas são largas e realmente perfumadas. Mas hortelã, hortelã-pimenta, bálsamo de limão também são óptimos — ervas como essas têm um cheiro bom, fique bem e flor."
Você não precisa comprar plantadores chiques ou caixas de janela especiais. Provavelmente já há dezenas de coisas na sua casa em que as suas plantas viverão muito felizes, diz Ritz. "Latas de café, recipientes de iogurte, você escolhe. Velhos tanques de peixe… qualquer coisa cerâmica. Você pode usar praticamente qualquer coisa, e essa é a beleza da jardinagem. Alguns dos meus recipientes favoritos para crescer são garrafas de refrigerante de dois litros. Você os cortou ao meio. Com recipientes de iogurte, você pode pendurá-los verticalmente num terraço, saída de incêndio ou espaço ao ar livre com linha de pesca ou bom fio. Seja criativo, divirta-se, torne-o decorativo."
"Muitas coisas são divertidas de crescer se você tiver espaço suficiente para suas raízes se espalharem", explica. "Você pode realmente cultivar batatas num saco IKEA reutilizável ou saco de supermercado reutilizável. Se você fizer um buraco nele, então você pode puxar as batatas para fora do fundo [quando é hora de colher]. É muito legal. A mesma coisa com cenouras e rabanetes."
Certifique-se de dar às suas plantas o melhor começo da vida. Se você está começando a partir da semente, o sol amplo influenciará o quão forte e saudável sua planta se tornará, diz Ritz. Uma exposição voltada para o sul é geralmente o melhor lugar. "Quando as mudas ficam longas e leggy, é porque estão perseguindo a luz. Isso não é bom.
Seu outro conselho para jardineiros internos: "Evite rascunhos e calor excessivo. Não os coloque no radiador. essas plantas vão aquecer e você vai desintegrar a semente. Um parapeito da janela é óptimo. Muito sol, calor, um pouco de umidade, e uma cobertura [que deixa a luz passar], muito amor, boa conversa - vocês são todos bons."
Recupere as suas sobras — como aipo, cebolinha, alho-poró e muito mais — é outro projecto factível, diz Ritz. "É uma óptima maneira de evitar o desperdício de alimentos e continuar a perpetuar o ciclo alimentar. Em última análise, as coisas precisam de solo quando as raízes começam a sair, porque você não quer afogá-las. Você poderia pegar os restos de uma cabeça de aipo, colocá-lo em um prato de água. Deixe por uma ou duas semanas, você terá raízes, e depois plantá-lo no solo.
Sua casa é seu próprio microclima único, então a melhor maneira de aprender o que cresce bem lá é experimentando você mesmo. "A coisa mais importante a se lembrar é que só há um lugar que tem a planta perfeita: uma foto. Matei muito mais coisas do que cresci, mas só tiro fotos dos vivos", ri Ritz.
Há algumas armadilhas comuns para evitar, de acordo com Ritz. "Não embale demais o solo em seus recipientes. As pessoas acham que deveriam emperrá-lo, mas basicamente você acaba criando cimento. As raízes das plantas gostam de se espalhar, então mantenha o solo solto. O maior erro, na verdade, são as plantas de sobre aguamento. Uma das coisas mais fáceis que você pode fazer é colocar um pouco de cascalho ou um pouco de carvão no fundo [da panela] ou às vezes até mesmo uma tampa de garrafa, então há espaço para drenagem. Se você fizer sobre a água, a água vai sentar no fundo.
Se você está cultivando plantas maiores, escolha variedades que não engulam seu espaço. Por exemplo, você pode pensar que tomates cereja serão um tamanho gerenciável, mas isso na verdade não é o caso, diz Ritz. "Você quer cultivar tomates de San Marzano ou Roma, ou tomates anões. Se você está limitado no espaço, você definitivamente quer ficar longe de tomates cereja. Você terá uma enorme colheita, mas manicurar essas plantas - pode ser como uma selva. Eles podem ter seis pés de altura às vezes!
"Uma planta que eu recomendo como um não-crescer - mas poderia ser uma coisa maravilhosa para crescer para iniciantes - é a abobrinha. O problema é que eles são muito invasivos; eles podem assumir o jardim. Por um lado, é maravilhoso que você não pode dar errado; por outro lado, é um pouco valentão. Mas se você quer sucesso e quer ver algo grande, vá com uma abobrinha."
Se você não tem certeza se algo pode crescer em seu apartamento de baixa luz, experimente essas plantas robustas. Orégano e hortelã se daem muito bem em áreas sombrias", diz Ritz. "Alface se sair bem na luz normal da casa. Quanto melhor a luz, mais rápido você crescerá. Você também pode obter uma luz de crescimento de espectro completo barata para qualquer lugar de US $ 10 a US $ 20, incluindo o acessório."
Cresça o que sabe que gosta de comer. Embora seja tentador cultivar coisas fáceis, diz Ritz, é importante que seu tempo, esforço e energia entrem na criação de alimentos que você gosta para que não contribua para o desperdício de alimentos. Se as restrições COVID-19 significam que você não pode facilmente doar alimentos ou você teve uma colheita de para-choques, tente preservar métodos como conservação, conservação ou secagem para que você possa consumi-los mais tarde.
Acima de tudo , divirta-se! Ritz viu a agricultura urbana mudar a vida de seus alunos. Não há razão para não experimentar isso em sua própria casa, não importa onde esteja. "O que eu realmente quero que as pessoas façam é se divertir", diz ele. "Eu acho que cultivar alimentos é um novo espaço de maker. O sistema alimentar e o crescimento de hackers devem ser divertidos. Eu ainda me maravilhar que você pegue esta pequena semente minúscula, e 60 dias depois, você pode ter uma grande recompensa para comer.
Para as pessoas que estão em casa com suas famílias agora, crescer pode ser uma maneira maravilhosa de se conectar. Cresça com seus filhos, ou envolva seus pais. Ritz diz: "Acredito que a comida é a linguagem através da qual a sociedade se revela, e como a cultivamos e compartilhamos é fundamental para esta e as gerações futuras."
SOBRE O AUTOR
Mary Halton é Editora Assistente de Ideias da TED, e jornalista científica com sede no Noroeste do Pacífico.
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