sexta-feira, 30 de abril de 2021

A subsidiodependência no hidrogénio, os avisos de Poul Thomsen

João Silvestre

João Silvestre


A aposta no hidrogénio tem sido motivado enorme polémica. Há quem a ache uma opção faraónica que irá custar muito ao país. As páginas no Expresso já foram palco de acaloradas discussões sobre o tema. Agora, ficamos a saber que o maior projecto em Portugal conta 75% de subsídios públicos, entre Estado e fundos europeus. Trata-se do projecto da Bondalti em Estarreja que tem um valor previsto de €2,5 mil milhões. Poderá ser menos se o CO2 ajudar.
Poul Thomsen, que chefiou a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal no programa da troika, está retirado mas, nem por isso, deixa de se preocupar com a contas dos países. Em entrevista, avisa que mesmo com todo o apoio do Banco Central Europeu
“há o risco de termos uma nova crise da dívida”. Deixa elogios a Portugal, critica a Europa por fazer reformas “feel good” que não ajudarão na saída da crise e admite que, mais tarde ou mais cedo, o BCE poderá ter de perdoar a dívida dos países que tem no seu balanço.
A propósito da chegada da troika a Portugal – a assinatura do memorando cumpre 10 anos a 5 de Maio – vale também a pena fazer as contas aos estragos das duas crises (a financeira e da dívida e, agora, a pandemia) na economia portuguesa:
perderam-se quase dois PIB. E sobre as reformas laborais há dúvidas entre os economistas sobre o seu real impacto.







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