quinta-feira, 29 de abril de 2021

A Vacina ASTRAZENECA é perigosa?

Será mesmo assim? Vendo pelo preço que comprei.

É a questão que está a ser constantemente colocada e que tem vindo a desacreditar a vacina que, de facto, é muito perigosa para a indústria farmacêutica. O grande problema não é o da sua perigosidade para a nossa saúde mas sim os seus custos que são muito inferiores aos da concorrência.

Eva De Bleeker, Secretária de Estado do Orçamento da Bélgica, cometeu a inconfidência de revelar os valores que a União Europeia está a pagar pelo custo unitário de cada uma das diversas vacinas.

Publicou nas suas redes sociais a seguinte tabela de custos:

  •      Astra Zéneca – 1,78 € (cada vacina)

  •      Moderna – 14.7 € (8,25 vezes mais)

  •      Pfizer – 12 € (6,74 vezes mais)

  • Portugal pode receber vacina contra Covid-19 nos primeiros dias de 2021,  diz Pfizer | Vacina | G1

  •      Cure Vac – 10 € (5,61 vezes mais)

  • Covid-19 | Com 15% da população vacinada, conheça o estado da vacinação no  país e em Mafra | Jornal de Mafra

  •      Sanofi / GSK – 7.56 € (4,24 vezes mais)

  • Sanofi e GSK lançam novo ensaio com versão reformulada da vacina

  •      Johnson & Johnson – 6.90 € (3.87 vezes mais)

  • Vacina da Johnson & Johnson sob suspeita | Euronews

Como era de prever houve imediato protesto de diversos laboratórios que alegaram que não foi respeitada a “clausula de confidencialidade” do contracto estabelecido com a UE.

Eva De Blaker apressou-se a apagar o que tinha publicado, mas já era tarde, o seu escrito já tinha sido copiado e divulgado amplamente.

Surgiu de seguida uma enorme campanha que visa desacreditar a vacina que cometeu a heresia de ser muito mais barata.

A campanha dura, … dura, … dura e vai continuar a durar, até que a maior parte dos países a deixem de usar ou que a usem apenas em grupos cada vez mais restritos

Há que lembrar que a Astra Zéneca foi elaborada seguindo procedimentos, há muito testados, que são seguidos nas vulgares vacinas anti-gripe que todos os anos são modificadas para se adaptarem às novas estirpes que vão aparecendo. É injectado um fragmento do vírus que tendo o poder antigénico (gera a produção de anticorpos que irão combater uma futura infecção) não tem poder patogénico (não provoca a doença).

Outras vacinas usaram novas tecnologias, nunca experimentadas, algumas baseadas no ARNm. e que tiveram, obviamente, maiores custos de produção mas que não justificam a enormíssima diferença de preços.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

A luta continua e continuará.

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