quarta-feira, 28 de abril de 2021

Ruínas do Prazo: o Machu Picchu português

As ruínas do Prazo são um dos mais interessantes e bem preservados locais com vestígios de uma antiga vila romana. Descubra a sua história.

Conhecidas como o Machu Picchu português, as Ruínas do Prazo, situadas em Freixo de Numão, no distrito da Guarda, atraem visitantes nacionais e internacionais graças ao facto de aqui existirem ruínas de uma vila romana muito bem conservada, perfeitamente situada no meio da paisagem de cortar a respiração.

A estação arqueológica em si está localizada na localidade de Prazo, encontrando-se a cerca de 3km da freguesia de Freixo de Numão. No perímetro urbano desta freguesia, pode visitar o Museu da Casa Grande, que foi instalado num solar barroco que data do século XVIII, onde pode ver mostras de arqueologia e etnologia.

No quintal deste museu, encontram-se as ruínas romanas, medievais e modernas, tendo sido nesse local recolhidos materiais da Idade do Ferro.

Estas ruínas são das mais interessantes e bem conservadas de Portugal, e é a sua envolvência e a quantidade de vestígios arqueológicos aqui encontrados que lhe deu o nome de “Machu Picchu português”.

Para além de as ruínas serem um exemplar perfeito de uma Vila Romana, remontando ao Século I e início do século V D.C, o local foi também lar de diversas outras civilizações ao longo do tempo, como os vestígios pré-históricos dos períodos paleolítico, mesolítico e neolítico podem atestar.

Existem também vestígios de ocupação até à idade média.  Podem-se observar vestígios de uma basílica paleocristã muito bem conservados, que se manteve activa até ao século XIII.

Pode também observar vestígios de 22 sepulturas, com ossadas de diferentes épocas, uma estela antropomórfica de grandes dimensões (que pode reportar-se ao neolítico) e um grandiosos Menir

Pode também observar vestígios de 22 sepulturas, com ossadas de diferentes épocas, uma estela antropomórfica de grandes dimensões (que pode reportar-se ao neolítico) e um grandiosos Menir.

O Castelo Velho, imponente sítio arqueológico que hoje serve de miradouro, pode ser visitado, tendo sido alvo de diversas escavações que nos permitiram conhecer melhor os povoados dos III e II milénios A.C, desde as Idades do Cobre e do Bronze.

Estes vestígios estão por toda a parte, quer em Freixo de Numão quer na sua área circundante. Actualmente, encontram-se em fase de estudo avançadas as vilas rústicas do Prazo, do Rumansil, do Zimbro II, da Colodreia, entre outras.

Segundo se crê, a actual área urbana da freguesia de Freixo de Numão foi em tempos um castro importante, mais tarde romanizado, como as referências a deuses como Juno, Júpiter e Turocicis pode atestar.

O ótimo estado de conservação das ruínas estende-se também à Igreja Medieval do Prazo, onde estão presentes vários tipos de sepulturas de tempos e rituais diferentes.

Para além do património arqueológico, Freixo de Numão tem uma envolvente natural muito rica, podendo visitar a Reserva Florística da Mela, o Forno-Anta da Colodreia e as quedas de água do Pontão das Três Bocas, entre outros locais de interesse natural.

Freixo de Numão é também terra de bom vinho, de amendoeiras em flor e de gentes muito calorosas, pelo que se recomenda uma visita demorada!









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