quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Talibãs declaram Emirado Islâmico do Afeganistão e mudam símbolos. Duas pessoas morreram após disparos dos extremistas.

Talibãs declararam o Emirado Islâmico do Afeganistão e mostraram novo símbolo que estará na bandeira e brasão de armas, no dia de independência do país. Duas pessoas morreram em desfile.

Talibãs perseguem e ameaçam de morte quem colabora com as Nações Unidas e a NATO

Apesar de prometerem que iam “perdoar” todos os afegãos, os talibãs estão a perseguir, a “prender” ou “a ameaçar de morte” aqueles que trabalhem para as Organização das Nações Unidas (ONU) e para a Nato, denuncia um relatório da ONU a que a BBC teve acesso.

O documento indica que as pessoas que trabalham para a polícia e nas forças armadas são aqueles que estão mais em risco. “Os talibãs têm elaborado um mapeamento dos indivíduos [mais importantes] antes de controlarem as maiores cidades”, lê-se ainda.

  • Talibãs assinalam derrota dos EUA no dia da independência do Afeganistão

    Os talibãs celebraram hoje o dia da independência do Afeganistão após o domínio britânico com uma declaração de vitória contra os Estados Unidos, que consideraram como “outro arrogante do poder no mundo”.

    “Felizmente, hoje estamos a celebrar o aniversário da independência da Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, como resultado da nossa resistência jihadista, forçámos outro arrogante do poder do mundo, os Estados Unidos, a falhar e a recuar do nosso território sagrado do Afeganistão”, disseram os talibãs, numa declaração citada pela agência Associated Press.

    O Dia da Independência do Afeganistão comemora o tratado de 19 de Agosto de 1919, que pôs fim ao domínio britânico na nação da Ásia Central.

    Depois de terem imposto um regime extremista no Afeganistão entre 1996 e 2001, os talibãs conquistaram novamente o poder no domingo, depondo o Governo do Presidente, Ashraf Ghani, eleito em 2014.

Portugal recebe refugiados afegãos ainda este mês, diz ministro da Defesa

Os primeiros refugiados afegãos chegam a Portugal ainda em Agosto, avançou esta manhã o ministro da Defesa.

A prioridade retirar o mais rápido possível os estrangeiros que queiram sair e os colaboradores afegãos que trabalharam para organizações internacionais, explicou Gomes Cravinho aos jornalistas.

“Aquilo que importa nestes próximos dias, temos que tratar do imediato e o imediato é retirar do Afeganistão todos os estrangeiros que lá estão e que querem sair, todos os afegãos que trabalharam ao longo dos anos com as forças estrangeiras, com as nossas forças por exemplo, com as forças da NATO com a delegação da UE, com a representação das Nações Unidas e portanto são bastantes milhares de afegãos e o fundamental nestes próximos dias é assegurar que possam sair, junto com as suas famílias, em segurança”, apontou.

  • Rússia garante que "talibãs não controlam todo o território do Afeganistão"

    O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse hoje que se está a formar uma resistência armada aos talibãs no norte do Afeganistão, em Panjshir Valley, liderado pelo vice-presidente Amrullah Saled.

    “Os talibãs não controlam todo o território do Afeganistão”, garantiu Sergey Lavrov numa entrevista que o Al Jazeera dá conta.

Quem vai ser o Presidente, com que legitimidade e em que regime? O que ainda não se sabe sobre o Afeganistão dos talibãs

Os talibãs capturaram o Afeganistão em menos de dois meses, mas ainda não explicaram como o vão governar. O que se segue agora? Quem irá liderar o país? E podemos acreditar nas suas promessas?


Afeganistão. Thomas Barfield: "Joe Biden criou um problema onde ele não existia"

Thomas Barfield, antropólogo que conhece a sociedade afegã como poucos ocidentais, diz que os EUA acumularam erro atrás de erro e alerta para o “perigo real” que se pode voltar a gerar no Afeganistão.

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