quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Trabalhadores do sexo escrevem a Ferro Rodrigues.

O Movimento de Trabalhadores do Sexo (MTS) anunciou ontem que reuniu cerca de 200 subscrições numa carta aberta à Assembleia da República, na qual se opõe ao projecto de lei que pretende criminalizar os clientes de prostituição. Em comunicado, o MTS indica que, a 17 de Junho, enviou uma carta aberta ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, em que manifesta o seu “protesto” com o projecto de lei proposto em Maio pela deputada não inscrita Cristina Rodrigues, que visa criminalizar o recurso à prostituição e punir os clientes com pena de prisão até um ano ou multa, mas não penalizar quem se prostitui. Segundo o MTS, trata-se de uma “proposta sustentada meramente em preceitos moralistas e numa concepção de pecado que mais não faria do que reforçar a insegurança e o estigma que pendem sobre quem escolhe, de uma forma livre, voluntária e consciente, o exercício da actividade”. O movimento, que se apresenta como “um colectivo de representação e de luta pelos direitos laborais de trabalhadores do sexo”, defende, assim, “a total descriminalização e o reconhecimento do trabalho sexual”.

Diário de Notícias

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