Valência-Real Madrid e Barcelona-Atlético Madrid serão os jogos da prova que terá um novo formato e será disputada em Gidá.
O sorteio da “final four” foi ontem na Cidade do Futebol de Las Rozas, quartel-general da federação espanhola (RFEF), em Madrid, e apesar das críticas dos adeptos, será uma realidade dentro de dois meses: entre 8 e 12 de Janeiro, a cidade saudita de Gidá, a quase mil quilómetros da capital Riad, será o palco da Supertaça de Espanha, competição que passará a ser disputada por quatro clubes. Com a mudança da prova para a Arábia Saudita, os dois clubes que marquem presença nas meias-finais terão direito a um cachet de 8,9 milhões de euros, enquanto as equipas que chegarem ao jogo decisivo embolsam 12 milhões. O resto, num bolo total de 50 milhões que os sauditas vão pagar para receber a competição, será para a RFEF. Até agora, a Supertaça espanhola mantinha o modelo utilizado por toda a Europa, que colocava frente a frente o campeão e o vencedor da Taça do Rei, mas 50 milhões de euros foram suficientes para acabar com a tradição. O novo formato da Supertaça de Espanha entrará em vigor em Janeiro, na Arábia Saudita, com quatro clubes a disputarem a “nova” competição: o campeão (Barcelona), o vice-campeão (Atlético de Madrid), o vencedora da Taça do Rei (Valência) e o mais bem classificado da Liga espanhola, excluindo as outras equipas já apuradas (Real Madrid). Aproveitando a presença dos jogadores da selecção de Espanha, que prepara os dois últimos jogos do apuramento para o Europeu 2020 (recepção a Malta e Roménia), a RFEF realizou o sorteio das meias-finais com a presença de um jogador de cada clube: Sérgio Ramos (Real Madrid), Sérgio Busquets (Barcelona), Saúl Ñíguez (Atlético de Madrid) e José Luís Gayá (Valência). Para além dos quatro atletas e das altas patentes da federação (Guillermo Amor, Emilio Butragueño, Anil Murthy e Enrique Cerezo), em Las Rozas esteve ainda Adulaziz bin Turki Al-Faissal, príncipe e autoridade máxima do desporto saudita. Feito o sorteio, que ditou nas meias-finais um Valência-Real Madrid (dia 8 de Janeiro) e um Barcelona-Atlético de Madrid (dia 9), Adulaziz bin Turki Al-Faissal disse que é um “orgulho para o futebol saudita albergar a competição”. “Quero agradecer à federação espanhola e aos clubes. A Arábia Saudita está num processo de transformação e o desporto, e os seus valores, são um activo importante”, vincou. Segundo a imprensa espanhola, neste acordo de três anos ficou estabelecida uma cláusula segundo a qual as mulheres serão autorizadas a aceder a qualquer bancada do estádio sem restrições de vestuário.
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