terça-feira, 7 de março de 2023

Peso da dívida pública caiu para 114,7% do PIB em 2022 ?!

Redução foi de 10,9 pontos percentuais e foi ligeiramente além das expectativas do ministro das Finanças, Fernando Medina. Segundo ele.

Mas foi de facto assim? A redução do peso da dívida pública superou, no último ano, ligeiramente a meta do Governo, com uma diminuição de praticamente 11 pontos percentuais no rácio do endividamento relativo ao PIB.Em 2022, o peso da dívida pública caiu para 114,7% do PIB, regredindo 10,9 pontos percentuais face à marca do final do ano anterior, avança nesta quarta-feira o Banco de Portugal.

A redução do peso da dívida pública superou, no último ano, ligeiramente a meta do Governo, com uma diminuição de praticamente 11 pontos percentuais no rácio do endividamento relativo ao PIB.

Em 2022, o peso da dívida pública caiu para 114,7% do PIB, regredindo 10,9 pontos percentuais face à marca do final do ano anterior, avança nesta quarta-feira o Banco de Portugal.

Aquando da apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023, o Ministério das Finanças estimava uma diminuição do rácio de endividamento para 115% do PIB (menos 10,5 pontos percentuais).

A redução, salientava então o ministro Fernando Medina, permitiria colocar Portugal mais próximo dos níveis de endividamento esperados para França, Espanha e Bélgica, com o país a afastar-se da dianteira das dívidas públicas europeias – assumida por Grécia e Itália.

Já para 2023, o Governo espera uma redução do peso da dívida pública para 110,8% do PIB.

Os dados desta quarta-feira do Banco de Portugal indicam que o volume do endividamento público ficou no final do ano passado em 272,6 mil milhões de euros.

O valor representou ainda uma subida de 3,3 mil milhões de euros, mas o crescimento da economia no último ano – de 6,7% - permitiu diminuir o rácio do endividamento.

O Banco de Portugal explica que a subida de 3,3 mil milhões de euros "resultou, em grande medida, das emissões líquidas positivas de certificados de aforro (7,2 mil milhões de euros), de obrigações e bilhetes do Tesouro (1,0 mil milhões de euros) e de outros depósitos junto do Tesouro (0,6 mil milhões de euros)".

Por outro lado, as amortizações de obrigações do Tesouro de rendimento variável significaram menos 3,5 mil milhões de euros a contar no endividamento, havendo ainda uma redução de certificados do Tesouro no valor de 2,6 mil milhões de euros.

Segundo os dados, os activos em depósitos das administrações públicas reduziram-se 1,6 mil milhões de euros. "Deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 4,9 mil milhões de euros, para 258,7 mil milhões de euros", indica o Banco de Portugal.

A realidade aqui vista é esta:


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