As imagens que nos chegaram da Turquia e da Síria evidenciaram um cenário de catástrofe e de horror que não deixaram ninguém indiferente.
Pior ainda quando pensamos que o mesmo sucederá um dia em Lisboa. A cidade, todos sabemos, irá sofrer um sismo de grande intensidade, só não sabemos é quando. Segundo estimativas recentes de especialistas do “Técnico” para a Câmara Municipal de Lisboa (CML), metade dos edifícios da capital corre o risco de não resistir. Tal deve-se ao facto de 60% do parque edificado ter sido construído antes de 1958, isto é, da primeira legislação nacional anti-sísmica. Perante esta inevitabilidade importa que os poderes públicos tomem todas as medidas que se impõem para minorar os efeitos da catástrofe anunciada. Mas do que se vai vendo parece que não é bem assim.
Em 2018, por ocasião de uma petição submetida à Assembleia Municipal de Lisboa por várias Associações de Estudantes de escolas da capital, preocupados com a falta de planos de emergência nas mesmas, ficou-se a perceber que, dos 80 estabelecimentos sob gestão directa do município, apenas dois tinham as designadas Medidas de Autoprotecção (MAP). Em todas as outras escolas, e ainda que a legislação a tal obrigasse desde 2008, não havia MAP’s. Pior, foram relatadas situações de portas de emergência fechadas a cadeado por questões de segurança, ou saídas de emergência bloqueadas por arrumações. Desde essa altura que a CML deitou mãos à obra e hoje, ainda que não todo, mas a grande maioria do parque escolar autárquico já tem MAP’s, ou está em vias de as ter.
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O Diabo
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