terça-feira, 18 de outubro de 2022

O “Pinhal de Leiria”

"Foi uma ideia original de D. Afonso III e de seu filho D. Dinis, plantador de naus a haver.

Estúpidos e meio boçais, nunca apresentaram um Plano de Ordenamento e Gestão Florestal.

Depois deles, o filho da mãe do D. Afonso IV não mandou fazer estudos topográficos e geodésicos.

D. Manuel I, desmiolado, esqueceu-se de estudar os resíduos sólidos e os recursos faunísticos.

D. João V, esse palerma, desprezou os avanços da bioclimatologia e da ecofisiologia das árvores.

  A maluca da D. Maria I não percebia nada de biologia vegetal e da diversidade das plantas. No fundo, era uma reaccionária.

O resultado de sete séculos de incúria está à vista: ardeu tudo.

Há-de ali nascer um novo pinhal, após rigorosos estudos académicos e científicos.

Em vez do bolorento nome de Pinhal de El-Rei, irá decerto chamar-se Complexo Bio-Florestal 25 de Abril, com árvores de várias espécies para assegurar a pluralidade, esplanadas e bares, passadiços, zonas culturais e uma ciclovia asfaltada da Marinha Grande a São Pedro de Moel.
Estou certo de que o projecto assentará numa "visão pós-moderna da natureza" e no "conhecimento da dinâmica dos sistemas vivos", além da “capacidade de análise e interpretação da paisagem como meio influenciador do homem”.

Bem vistas as coisas, tivemos muita sorte."

NOTA: O que me espanta é como foi possível.

Tantas centenas de anos sem aviões para apagar fogos, sem SIRESP, sem carros de bombeiros, sem autoridade (?) da protecção civil e sem a diversificação das espécies …

…e só agora (que já temos essa "merda" toda) é que ardeu !!!

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Não sei quem é o autor.

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