“POR INTERESSES POLÍTICOS, AS LEIS ANTICORRUPÇÃO FICAM SEMPRE PELOS MÍNIMOS”.
LUÍS DE SOUSA Investigador da Universidade de Lisboa, um dos maiores estudiosos do crime de colarinho branco, diz que Portugal está entre os melhores do mundo a aprovar leis, mas depois não as aplica. Aponta a falta de especialização na justiça e nas entidades fiscalizadoras como fragilidades e garante que ninguém tem vontade real de atacar o problema. E deixa alertas sobre portas giratórias que levam governantes ao sector privado e gestores ao público sem filtros.
“POR INTERESSES POLÍTICOS A LEGISLAÇÃO SOFRE MUITOS ABANÕES E FICA COM REGRAS POUCO CLARAS”
“Claro que [saídas de um governo para o sector privado] podem trazer vantagens competitivas para quem empregar o político em saída de funções. O problema é que muitas das vezes nos limitamos a estipular um período de nojo, um período de quarentena à saída.”
“Por interesses políticos, por diferentes posições dos partidos. Não há consenso em muitas matérias. E estou já a falar de mecanismos específicos, de limitações específicas.
Isso leva a que muitas das vezes tenha de se negociar para baixo, para o mínimo denominador comum.”
“O GRECO é um órgão diplomático. Há que ler o relatório nas entrelinhas porque se vê logo quando é que os avaliadores estão insatisfeitos. E no caso português, no que diz respeito aos deputados, foi de facto muito mau.”
entrevista ao ao Diário de Notícias
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