Porto. Moreira reforça videovigilância e abre portas ao uso policial.
Câmara do Porto vai ter mais 110 câmaras para controlar tráfego na cidade, inclusive em ruas junto a bairros. Se o Governo quiser usá-las em matéria de segurança, disse Rui Moreira, estão “à distância de um clique”.
Rui Moreira tinha prometido “pisar o risco” e, se fosse preciso, instalar câmaras de videovigilância até nas entradas das habitações sociais, controlando, assim, o problema do tráfico de droga na cidade. Mas a Câmara do Porto terá ficado “a um passo do risco”, disse ontem, em reunião de câmara, o presidente da autarquia, anunciando um reforço da rede de câmaras do seu Centro de Gestão Integrada (CGI), já com 136 dispositivos em funcionamento, com mais 110 aparelhos. Dez deles vão mesmo ser colocados junto aos bairros referidos, mas em “novas vias”, a abrir em breve, e não nas zonas comuns e públicas destes espaços. Estes dispositivos, acrescentou Rui Moreira, serão ainda mais avançados do que os existentes e terão novas valências. “Estão preparadas para actos de terrorismo ou vandalismo e podem ser especialmente úteis às forças de segurança e investigação” e ajudar a “meter criminosos na cadeia”.
Se o Ministério da Administração Interna (MAI) quiser, acenou ao Governo, podem a Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária “requerer esse meio” à autarquia. “Estamos prontos a ceder. Está à distância de um clique e custa zero ao Estado português”, declarou: “Basta o MAI querer e basta que, de uma vez por todas, nos deixemos de garantismos que apenas resultam na garantia de que os criminosos podem cometer crimes sem serem punidos.”
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