sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Hacker Admits Revealing Finances of Isabel dos Santos

The Portuguese man behind a website that pulled back the curtain on world soccer’s business dealings also unearthed documents related to the fortune of Africa’s richest woman.

The Portuguese fan was looking for soccer’s secrets when he began hacking into the legal and financial networks supporting the game’s multibillion-dollar industry five years ago.

For years, he plundered internal documents and secret agreements, unmasking questionable practices — and even criminality — by lawyers and players and teams, and then published the information anonymously on a platform he called Football Leaks. Furious teams cursed him. Agents threatened to sue him. Embarrassed investigators vowed to arrest him.

What none of them knew was that the enormous trove of data obtained by the hacker, a spiky-haired 31-year-old soccer fanatic named Rui Pinto, also held a much bigger secret.

Over dinner one night in late 2018 in Budapest, where he was hiding before he was eventually detained and extradited to Portugal, Mr. Pinto told his French lawyer William Bourdon that he believed he had obtained information that revealed how Isabel dos Santos, Africa’s richest woman and the daughter of Angola’s former president, had amassed her $2 billion fortune.

Those secrets, revealed this month in international news media accounts, including articles in The New York Times, have led to an investigation of Ms. dos Santos, who is accused of plundering Angola’s state petroleum company and other institutions to bankroll a sprawling business empire that included stakes in the impoverished country’s diamond exports, its dominant mobile phone company, two of its banks and its biggest cement maker.

Angolan officials said last week that Ms. dos Santos could soon face charges of embezzlement in that country. Some of her assets have been frozen, and her bank has said it is investigating transfers worth tens of millions of dollars.

Mr. Pinto’s lawyers, Mr. Bourdon and Francisco Teixeira Da Mota, confirmed in a news release on Monday that their client had been the source of the so-called Luanda leaks, as the trove of dos Santos documents has come to be known. The lawyers also claimed credit for the legal and criminal repercussions of their release, saying that without the “revelations, made possible thanks to our client, the regulatory, police and judicial authorities would have done nothing.”

Until his arrest and extradition to Portugal last March, Mr. Pinto had since 2015 mostly sowed panic within the corridors of power in the world’s most popular sport. In his hacking, he had targeted not only some of soccer’s biggest teams and institutions but also law firms and professional services that supported their activities.

One connection between the soccer and dos Santos leaks is that each included the release of confidential documents from the powerful PLMJ law firm, which is based in Lisbon. Several of the charges Mr. Pinto faces in Portugal are directly linked to his illegally gaining access to PLMJ’s computer server.

It was lawyers from PLMJ who in 2015 prepared a 16-page brief for Ms. dos Santos pointing out the tax advantages of domiciling companies in Malta. Ms. dos Santos subsequently used companies based in Malta for some of her most high-profile transactions. One of her Maltese companies was used as a middleman to hire consultants from firms such as Boston Consulting Group, McKinsey & Company and PwC for advice on overhauling Angola’s state oil company, where she served as chairwoman from 2016 to 2017, after being appointed to the post by her father.

“We have of course no knowledge of the source of the documentation on which the recent press stories are based,” said Luís Pais Antunes, a managing partner at PLMJ. In any case, he added, “It is impossible that the documentation that is being used for the bulk of the stories is in any way related to PLMJ or was ever at our disposal.”

Unsure of exactly what he had when his soccer hacking turned up hundreds of thousands of pages related to the companies controlled by Ms. dos Santos and her husband, Mr. Pinto asked Mr. Bourdon, according to the French lawyer, if he could take a hard drive containing the data to a whistle-blower platform Mr. Bourdon had set up in Africa.

Mr. Bourdon said in an interview in the past week that he quickly came to the conclusion that the scale and complexity of the information meant it needed to be shared with the more experienced and better resourced International Consortium of Investigative Journalists. In the past week, that consortium and international news media organizations, including The Times, published details of Ms. dos Santos’s business dealings.

https://www.nytimes.com/2020/01/27/sports/soccer/leaks-dos-santos-rui-pinto.html

France copies files o Rui Pinto fearing that Portugal may destroy evidence.

The French authorities have been able to store 26 terabytes of documents that Rui Pinto had on his computer before the alleged hacker was extradited to Portugal.

An orchestrated mission with the Hungarian authorities to prevent the information from being destroyed by Portugal. The amount of material is about eight times larger than Rui Pinto had previously disclosed to the media. Due to this information, Cristiano Ronaldo had to pay almost 20 million euros for tax fraud.

https://www.plataformamedia.com/en-uk/sport/football/france-copies-files-of-rui-pinto-fearing-that-portugal-may-destroy-evidence-10740910.html

Rui Pinto: hacker who targetted football and Angola's 'princess'


https://www.france24.com/en/20200127-rui-pinto-hacker-who-targetted-football-and-angola-s-princess

Polícia francesa copiou discos de Rui Pinto por temer que fossem apagados em Portugal.


Polícia francesa copiou discos de Rui Pinto por temer que fossem apagados em Portugal.

As autoridades francesas fizeram uma cópia dos discos rígidos do hacker Rui Pinto por temerem que os dados fossem apagados em Portugal, avança a Der Spiegel. A detenção de Rui Pinto e o seu pedido de extradição para Portugal fizeram a Parquet National Financiers (uma entidade judicial francesa para o combate à fraude económica e financeira) viajar rapidamente para a Hungria para impedir que o trabalho dos últimos meses (de colaboração com Rui Pinto) fosse em vão. As autoridades húngaras permitiram que a cópia de mais de 26 terabytes fosse feita pelos franceses. Já as autoridades portuguesas, segundo confirmou o Observador junto de fonte conhecedora do processo, não foram consultadas

Quando os franceses chegaram a Budapeste, conta a Der Spiegel, Rui Pinto já estava em processo de extradição. Dias antes, um tribunal húngaro tinha dado luz verde à extradição para o português responder por acusações de tentativa de extorsão e cibercrime.

Além de Rui Pinto, também todo o material informático recolhido no âmbito do processo foi transportado para Portugal. Ao saberem disso, várias entidades com as quais Rui Pinto colaborava temeram que o material pudesse ser destruído. Os franceses, segundo a revista alemã, ficaram horrorizados com essa possibilidade. Tinham formado um grupo de trabalho internacional que se especializou em investigar crimes económicos e a destruição de dados podia deitar tudo por terra.

Os franceses utilizaram então o intervalo de tempo em que Pinto não seguiu para Portugal para convencer os húngaros da necessidade de fazer uma cópia dos dados dos discos rígidos do hacker português. E conseguiram. Segundo a revista alemã os franceses conseguiram copiar 26 terabytes de dados. Para se ter uma ideia da dimensão destes dados, desde que começou a colaborar com a imprensa Rui Pinto partilhou “apenas” 3,4 terabytes e mesmo assim deu origem a centenas de notícias.

Ainda assim, a entidade judicial francesa não tem ainda noção do valor dos dados, já que os documentos estão protegidos por um complexo programa de criptografia que torna quase impossível o acesso aos documentos sem a ajuda de Rui Pinto. Os documentos são, para já, apenas uma amálgama de letras e números. Para serem mais que isso, precisam das senhas de Rui Pinto, que se encontra atualmente detido.

A eurodeputada, Ana Gomes, que defende que as autoridades devem colaborar com Rui Pinto para descobrir ilícitos mais graves, já reagiu através do Twitter, congratulando-se por o “acervo” de Rui Pinto estar a salvo.

https://observador.pt/2019/03/29/policia-francesa-copiou-discos-de-rui-pinto-por-temer-que-fossem-apagados-em-portugal/

"Nunca precisámos de outra coisa!"

FOI FEITO EM 1934.

Conta-se que este poema foi dirigido ao Ministro da Agricultura do governo de Salazar, como forma de pedir adubos. Por mais estranho que pareça, o senhor que o escreveu não foi preso e Salazar até se fartou de rir (??!!!) quando o leu:


Porque julgamos digna de registo
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.

Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.

Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!

O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e... como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!

A Nação confiou-lhe os seus destinos?...
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
... quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n'um traque do Ministro das Finanças?...
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.

Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n'elas.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!

Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda...
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.

Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!...
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!

Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.

Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.

Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.


Pela Junta Corporativa dos Sindicatos Reunidos, do Norte, Centro e Sul do Alentejo

Évora, 13 de Fevereiro de 1934

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Por que os suecos estão bem em pagar impostos

A maioria dos suecos tem confiança na Agência Tributária Sueca, apesar dos famosos altos impostos de renda da Suécia. A Agência Fiscal desempenha um papel importante na vida de cada sueco. Eis o motivo.

Um corpo público altamente confiável

Todo mundo sabe que os suecos pagam um monte de impostos; A Suécia é tão conhecida por seus altos impostos pessoais quanto para móveis IKEA e ABBA. Dado que o imposto é uma palavra suja para muitas pessoas ao redor do mundo, você pode esperar que a agência governamental que pega cerca de um terço do pacote de pagamento do sueco trabalhador médio seria inimigo público nº 1.

Mas a verdade é que a Agência Tributária Sueca (Skatteverket)continua muito popular. Uma pesquisa de 2019 (link em sueco) do instituto de pesquisa de mercado Kantar Sifo concluiu que a Agência Fiscal tem a nona melhor reputação de 40 grandes órgãos públicos suecos.

Então, como a Agência Tributária Sueca conseguiu fazer o que parece ser o truque final da confiança - pegando o dinheiro das pessoas, mas deixando a maioria delas gratas e sorridentes?

Do berço ao túmulo – literalmente

Primeiro, deve-se ressaltar que a Agência Tributária faz mais do que apenas recolher impostos. Como autoridade responsável pelo registro populacional (folkbokföring), acompanha muitos eventos importantes na vida de cada sueco.

Quando um bebê nasce, a agência registra o nascimento e envia um número de identidade pessoal. É a Agência Tributária a quem os pais se candidatam a registrar o nome do bebê; Sim, a Agência Fiscal tem o poder de rejeitar sua escolha de nome – como pais que queriam chamar seus filhos de Sickboy, Superman, Dotcom e Krank encontraram o caminho difícil.

Quando você decide se casar, entre "você vai se casar comigo?" e "eu faço", há a questão não particularmente romântica de se candidatar à Agência Fiscal para uma "investigação de impedimentos ao casamento" para provar que você é elegível para dar o nó. É melhor não falar disso antes de você fazer a pergunta.

Cada vez que você se move, você tem que notificar a Agência Fiscal de seu novo endereço dentro de uma semana. E, inevitavelmente, mesmo na morte você estará exigindo seus serviços. O médico que o declarar morto informa a Agência Fiscal, e seus parentes de luto precisarão obter o certificado de "cremação ou enterro" necessário para o funeral da agência antes que eles possam dizer suas despedidas finais.

Em impostos confiamos

Um bom ponto de partida para os índices de aprovação consistentemente altos da Agência Tributária é o fato de que muitos suecos não são naturalmente anti-impostos. De fato, ao contrário de alguns países onde pagar impostos é visto como algo negativo, muitos suecos toleram – e até mesmo bem-vindos – altos impostos. E um número crescente aceitaria impostos ainda mais altos para pagar uma sociedade em grande parte justa e bem funcional, com serviços públicos decentes e uma rede universal de segurança.

Na verdade, a palavra sueca para impostos – skatt – tem outro significado: tesouro. Não pode haver muitas línguas em que a palavra para imposto tem conotações tão positivas.

Além da visão geralmente positiva em relação aos impostos, outro motivo para a popularidade da Agência Tributária é sua acessibilidade e simpatia pelo cliente. Muitas tarefas podem ser feitas eletronicamente, que se adequa a suecos experientes em tecnologia. Por exemplo, você pode enviar sua declaração de imposto de renda on-line, por aplicativo, telefone ou até mensagem de texto.

Cerca de 6,1 milhões de pessoas apresentaram sua declaração de imposto eletronicamente em 2018 (link em sueco). Uma recompensa é que eles recebem suas possíveis restituições fiscais mais cedo. Em junho de 2018, 3 milhões de pessoas compartilharam reembolsos de cerca de 22 bilhões de SEK – bem a tempo de gastá-los em arenque em conserva e schnapps para um dos pontos altos do calendário sueco, midsummer.

As coisas realmente funcionam

A Agência Tributária também é fácil de lidar porque muitas vezes você não precisa tomar a iniciativa. Quando algo acontece que cai seu mandato, ele sabe sobre isso, e os formulários que você precisa assinar chegam ao posto. Assim, sua declaração de imposto aparece em sua caixa de correio a cada ano já preenchida.

E quando você tem um bebê, o hospital informa a autoridade, que registra o nascimento e envia o número de identidade pessoal. Então você pode se concentrar no importante negócio de feeds da meia-noite e fraldas sujas.

Cansado de lidar com drones sem nome em call centers? Cartas da Agência Fiscal muitas vezes dão o nome e o número de telefone direto do funcionário que lida com o seu caso, levando a um serviço rápido e pessoal.

"A Agência Fiscal conseguiu identificar com precisão o que as pessoas precisam e estão interessadas", disse a cientista política Sanna Johannson, da Universidade de Gotemburgo, em um artigo na revista de notícias Fokus.

E assim a agência continua sendo tão rara das coisas: um amado colecionador de impostos. O que é melhor, considerando que você não pode evitá-lo...

David Wiles

David Wiles é um jornalista britânico que vive em Ystad, no sul da Suécia.

10 inovações que desconhecíamos serem suecas.

1 chave inglesa ajustável

Um grampo em muitas caixas de ferramentas, a chave ou chave de chave ajustável, também popularmente chamada de "chave de macaco" ou "chave inglesa", muitas vezes vem muito útil durante projectos "faça você mesmo" (DIY). Enquanto a primeira iteração desta chave foi originalmente inventada em 1842 pelo engenheiro britânico Richard Clyburn, a chave ajustável de hoje , a "Chave Sueca", é atribuída a Johan Petter Johansson, um inventor sueco que melhorou o conceito original de Clyburn e patenteou-a em 1891.

2 saúde digital

As startups suecas estão liderando o desenvolvimento global da saúde digital, fornecendo acesso a diferentes formas de saúde por meio de inteligência móvel, artificial (IA) e outras tecnologias. KRY é um aplicativo médico-paciente que permite que médicos e psicólogos atendam pacientes em vídeo. Tem atraído muita atenção – e alguma controvérsia. A empresa trabalha com os sistemas nacionais de saúde financiados publicamente dos países onde opera, que até agora incluem Suécia, Noruega e Espanha.

Outros exemplos de provedores suecos de saúde digital são Min Doktor, Flow Neuroscience, Doctrin e Joint Academy, para citar apenas alguns.

3 Melhor Abrigo

Better Shelter é uma solução de abrigo de emergência em um pacote plano. Oferece aos refugiados uma casa à prova de intempéries e segura de 17,5 metros quadrados com fechaduras de portas e painéis solares. Foi projetado para durar pelo menos três anos e é melhor isolado do que as tendas tradicionais de refugiados. Projetados para fornecer um produto sustentável e econômico que possa ser facilmente transportado e montado, milhares de unidades do Better Shelter foram distribuídas para muitos países diferentes. Better Shelter foi desenvolvido em parceria com o ACNUR e a Fundação IKEA.

4 aplicativo Karma

Todos sabemos que importa karma, certo? Bem, karma também pode transformar o desperdício de alimentos de um problema para uma oportunidade. Alguns empreendedores suecos lançaram um aplicativo chamado Karma. Através do aplicativo, supermercados, restaurantes e cafés podem oferecer produtos que estão prestes a expirar pela metade do preço, em vez de jogá-los fora. Em apenas dois anos, karma afirma ter atraído 400.000 usuários em toda a Suécia e em Londres.

A redução do desperdício de alimentos também está na agenda do governo. 'Mais para fazer mais' é um plano de ação desenvolvido pela Agência Sueca de Proteção Ambiental, agência nacional de alimentos e pelo Conselho Sueco de Agricultura. O objetivo é reduzir o desperdício de alimentos em nível nacional até 2030.

5 leite de aveia

A região nórdica oferece ótimas condições para o cultivo de aveia (leia-se: chove muito), e a Suécia está explorando diferentes formas de usar esse cereal saudável. A marca sueca Oatly é talvez mais conhecida por sua alternativa de leite não lácteo. O leite de aveia foi desenvolvido pelo cientista alimentar da Universidade de Lund Rickard Öste, que fundou Oatly em 1994. Desde então, o leite de aveia tornou-se um grampo em uma variedade de supermercados e cafeterias em todo o mundo.

A cooperativa agrícola sueca Lantmännen também investiu em pesquisas sobre aveia. E não é tudo sobre produtos alimentícios – um novo projeto de pesquisa está procurando criar móveis a partir de aveia!

6 by-pass

Em 1958, Rune Elmqvist desenvolveu um marca-passo artificial executado por bateria , que foi usado para a primeira operação de by-pass feito pelo cirurgião Åke Senning no Karolinska University Hospital em Estocolmo. O by-pass é colocado a pele do paciente cardíaco e os pulsos elétricos que gera garantem que os músculos se expandam e contraam normalmente, regulando o coração.

7 cinto de três pontos de três pontos

Agora um requisito padrão em cada veículo de passageiros economizando cerca de uma vida a cada seis minutos, o cinto de segurança de três pontos foi desenvolvido pelo inventor e engenheiro de segurança sueco Nils Bohlin em 1959 para a Volvo. Foi projetado com uma forma Y para espalhar energia através de um corpo em movimento durante um acidente.

8 Uniti

A Suécia está entre os líderes mundiais na transição para veículos elétricos e está comprometida em ter uma frota de veículos 100% livre de combustíveis fósseis até 2030. Um dos exemplos mais badalados da inovação sueca neste campo é a Uniti, startup que está desenvolvendo um carro elétrico leve que foi apelidado de "Tesla para megacidades". Após uma campanha de crowdfunding, a empresa recebeu cerca de 3.000 pré-encomendas para seu primeiro modelo, que deve chegar às estradas em 2019.

9 A estrutura de caminhada

A cientista social sueca Aina Wifalk contraiu poliomielite – um vírus que pode causar paralisia temporária ou permanente – aos 21 anos. Depois de rasgar os ombros do uso de bengalas por duas décadas, ela criou a armação ambulante, ou andador, uma invenção que facilitou a vida de idosos e deficientes desde o final dos anos 1970. Como Wifalk queria que o andador fosse acessível ao maior número possível de pessoas, ela nunca patenteou. Até hoje, o andador ajuda seus avós a se manterem móveis e ativos.

10 fecho Zipper

O fecho zíper moderno como sabemos foi melhorado e desenvolvido pelo inventor sueco-americano Gideon Sundbäck de um modelo anteriormente menos eficaz em 1913. A versão recém-redesenhada de Sundbäck chamada "fixador separável" foi patenteada em 1917 e apresenta dentes entrelaçados e separados por um controle deslizante.

Última atualização: 19 dezembro 2019

Nathalie Rothschild (2018) & Lola Akinmade Åkerström (2013)

Embaixador chinês: "Suécia não é importante o suficiente para ameaçar"

Ele em pouco tempo acabou em rota de colisão com grandes partes da sociedade sueca. Mas será que o conflito crescente devido à linha mais ofensiva da China ou ao próprio embaixador Gui Congyou?

O primeiro nome, Congyou, significa amizade, ou melhor, "aspira à amizade" ou "amizade sem esforço". Mas desde que Gui Congyou chegou a Estocolmo, em agosto de 2017, um confronto seguiu o outro.

O caso está principalmente por trás do editor sueco preso Gui Minhai. O conflito aumentou e, em dezembro, Gui Congyou ameaçou limitar as trocas econômicas e comerciais entre a Suécia e a China.


"Linguagem de poder brutal é a única coisa que a China entende"

"A China é a primeira ditadura economicamente bem sucedida do mundo. Não estamos acostumados a lidar com um país como esse", disse o líder moderado Ulf Kristersson em entrevista à SvD.

A Suécia não deve tremer no punho – a linguagem de poder brutal é, em última análise, a única coisa que a China entende. Esta é a opinião do líder moderado que quer uma comissão independente para examinar a condução do governo do caso do cidadão sueco Gui Minhai.

Na sala de canto com janelas voltadas para a Corrente pendura uma manivela com placas chinesas na parede. O estudo de Ulf Kristersson em Mynttorget está bem tomado, mas despojado. No entanto, a China encontrou seu caminho para um canto.

"Foi absolutamente fascinante vir a Pequim e Nanjing em 1997, durante a agitação dinâmica que era então. Eu estava "viciado", gente boa e boa comida, uma cultura incrível", diz ele.

Mário Centeno, o (mau) aprendiz do Luís de Matos.

Quem é este obscuro funcionário do Banco de Portugal? Cheio de ambições, arrogante e mal educado. É um sofrível ilusionista, que dá jeito ao proto-comunista António Costa, que tem de viver nos tempos actuais e foi encurralado por Cavaco Silva, inicialmente, para formar governo..

A Wikipédia, informa-nos: Mário José Gomes de Freitas Centeno (Olhão, Olhão, 9 de Dezembro de 1966) é um economista português, Ministro das Finanças de Portugal desde 26 de Novembro de 2015. Foi eleito presidente do Eurogrupo a 4 de Dezembro de 2017, tendo iniciado funções a 12 de Janeiro de 2018. Foi economista do Banco de Portugal, a partir de 2000, e director-adjunto do Departamento de Estudos Económicos, de 2004 a 2013.

Como ministro, quer dar uma imagem de técnico altamente competente, ser o orgulho do PS, em Portugal e do Centro direita, na europa (e gostaria de ser no mundo, mas…).

O que se tem visto é de uma incompetência e/ou má-fé, alicerçada em alguns técnicos existentes no ministério, na descida dos juros a nível internacional, na situação de recuperação que o governo de Passos Coelho deixou o país, no apoio dos medias oficiais e alinhados, como o expresso, JN, DN, etc. e SIC, a LUSA e outros.

- Há "erros materialmente relevantes" nas contas

- PSD desafia Centeno a provar que proposta é ilegal

- Centeno. Juros baixos "não são por causa do BCE"

- A Cesarização de um Contabilista. Centeno e Pessoa

- Finanças voltam a corrigir falha no Orçamento

- Miguel Pinto Luz. Centeno "deixa alçapões" no OE

- Nova falha no Orçamento. Falta almofada para 2020

- O Banco de Inglaterra e o desejo de Centeno

- Centeno responde a Rio: "Nunca viu um Orçamento"

- Centeno pede desculpa pelos quadros errados no OE (Depois de um dia de muita confusão, com gralhas e tabelas trocadas no relatório que acompanha o OE, Mário Centeno pediu desculpa aos portugueses pelo erro.)

- Centeno apresenta OE aos partidos (menos ao Livre)

- PIB. Bruxelas mais optimista do que Governo em 2019

- As três dúvidas que deixa o esboço orçamental

- Centeno: não é momento para debate com Sarmento

- Centeno: "Até a troika e o FMI são domesticáveis"

- BE para Centeno: "Quem quer pontes, não as queima"

- Governo usa questionário para avaliar PS e Passos

- Politico aponta Centeno à liderança do FMI

- "Artífice das cativações" já só fala em investir

- As habilidades do ministro da Saúde, o dr. Centeno

- "Obviamente", o AIMI vai para a Segurança Social

- BCE arrasa propostas de Centeno para a supervisão (Críticas em toda a linha. Num documento, obtido pelo Observador, o BCE obriga Mário Centeno a alterar várias propostas que constam do pacote legislativo. Ministro fará as "clarificações necessárias")

- Funcionários em vigília por causa de Centeno

- O “truque”de Mário Centeno

- Centeno. O novo herói do Canal Panda!

- Nunca tão poucos enganaram tantos

- Finanças vão criar órgão para avaliar governadores

- Novo Banco. Centeno "enganou os portugueses"

- Novo Banco. Rangel acusa Centeno de ter duas caras

- CGD "não voltará ter injecção de dinheiro público"  - como aconteceu

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Rui Pinto volta ao Twitter. “Há ainda muita coisa que os portugueses merecem saber”

O hacker português Rui Pinto voltou esta quinta-feira ao Twitter, acusando a Justiça portuguesas de querer silenciar escândalos como o Luanda Leaks, que revelou há cerca de uma semana alegados esquemas fraudulentos que envolvem a empresária angolana Isabel dos Santos.

“Acho que os cidadãos portugueses já perceberam que a minha prolongada e desproporcional prisão preventiva tem como objectivo primordial silenciar as minhas denúncias e manter escândalos como o Luanda Leaks fechados a sete chaves”, pode ler-se numa mensagem publicada às 5h41 desta quinta-feira na rede social.

“Se dependesse da Polícia Judiciária e do Ministério Público português, estas informações nunca viriam a público, nem as autoridades angolanas alguma vez seriam informadas da existência destes dados”, continua o português, que está detido desde Março de 2019.


Vistos Gold, ESCOM e BES Angola – há ainda muita coisa que os portugueses merecem saber”, avisa ainda Rui Pinto.

Preso desde 22 de Março de 2019, Rui Pinto revelou recentemente ser o denunciado do Luanda Leaks. “Rui Pinto procurou, assim, ajudar a entender operações complexas conduzidas com a cumplicidade de bancos e juristas que não só empobrecem o povo e o Estado de Angola, mas podem ter prejudicado seriamente os interesses de Portugal”.

Numa nota assinada pelos seus dois advogados, pode ler-se que Rui Pinto entregou este disco rígido, “no cumprimento do que entende ser um dever de cidadania”, e “sem qualquer contrapartida”, depois de tomar conhecimento das missões realizadas pela organização PPLAAF (Plataforma de Protecção de Denunciantes na África)”.

O português foi também o denunciante do Football Leaks, sendo por este caso que se encontra detido. É acusado de cerca de 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão.

Vigília por Rui Pinto

Duas dezenas de pessoas concentraram-se esta quarta-feira em Lisboa para exigir que seja aplicado a Rui Pinto a directiva europeia contra o branqueamento de capitais para que o hacker seja libertado e colabore com as autoridades no combate à corrupção.

A vigília à porta do Estabelecimento Prisional anexo à polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, foi promovida pelo Movimento Mais Cidadania e juntou cerca de duas dezenas de pessoas, que empunhavam fotografias de Rui Pinto e acenderam velas, encontrando-se entre elas a dar apoio à causa da psicóloga e comentadora Joana Amaral Dias.

A antiga política disse que a concentração destina-se a exigir ao Estado português que aplique a 4.ª directiva que diz respeito ao branqueamento de capitais e que determina que todos os Estados-membros da União Europeia (UE) protejam todas as pessoas que fazem denúncias desse tipo de crimes, “coisa que efectivamente Rui Pinto fez e não está a ser protegido, porque está detido [preventivamente] ao contrário de estar a ser defendido”.

Temos os ladrões à solta e aqueles que são os denunciantes estão presos. Isto existe porque a justiça não fez o seu papel, a justiça não fez o seu caminho. Esta situação do saque, do esbulho ao povo angolano é conhecida há muito tempo, foi denunciada por muitas pessoas, desde o Rafael Marques, a muitas outras, e a justiça fez alguma coisa. Se era assim tão falado porque é que não avançou, quando o próprio Rui Pinto terá feito denúncias ao Ministério Público (MP) sobre esta matéria que não foram ouvidas nem atendidas?”, questionou, em declarações à agência Lusa.

Joana Amaral Dias considerou que, “entre o vazio legal que não protege o denunciante e uma justiça completamente castrada e refém de outros interesses, não havia qualquer outra possibilidade que restasse ao Rui Pinto senão cometer este acto de cidadania”.

Rui Pinto não devia estar preso, devia estar a ser chamado a colaborar com a justiça portuguesa, como tem sido na justiça belga, alemã, angolana e francesa, que já deu consequências quando foi o caso do Football Leaks”.

Entende que o estatuto de denunciante, que ministra da Justiça disse que será transposto para a lei portuguesa no prazo de um ano, “não se aplica a Rui Pinto, o que num caso lato seria o ideal, mas no concreto é restrito e tem uma aplicação muito limitada, por isso bastaria, se o Estado português quisesse aplicar a 4.ª directiva”.

“É inaceitável o que está a acontecer em Portugal actualmente, porque temos efectivamente alguém que está a contribuir para a resolução de crimes que está preso, enquanto todas as outras, desde Ricardo Salgado, a Oliveira e Costa, a Isabel dos Santos estão soltas, perante os crimes de milhões e milhões”, vincou.

Joana Amaral Dias acrescentou que Rui Pinto “terá cometido os seus erros, mas deu um contributo muito importante, muito valioso para a sociedade portuguesa e ainda pode contribuir mais e por isso é que tem de ser solto”.

Da mesma opinião é Carlos Magalhães, do Movimento Mais Cidadania, que entende, “sem querer meter a foice em seara alheia porque este é um problema da justiça”, que na situação do Rui Pinto pode-se falar num pequeno crime porque tentou extorquir, um crime de pirataria, mas o que ele sabe poderia ser aproveitado pelas autoridades policiais e judiciárias para chegar à grande criminalidade, como é o crime de corrupção”.

Também acha que devia ser libertado para colaborar com a justiça, independentemente de ser julgado e condenado a posteriori, nesta fase devia colaborar com as autoridades, não faz sentido estar em prisão preventiva.

“Era mais positivo do ponto de vista da cidadania e do erário público saber estas questões do submundo e dessas vigarices todas ao nível da corrupção seria mais importante libertá-lo e a polícia aproveitá-lo, de forma controlada, e depois sim, se houve crime de extorsão tem de pagar por isso“, declarou à agência Lusa.

ZAP // Lusa

Eu acredito que sim! Também acredito que lhe vai ser difícil enviá-los aos portugueses, mas se enviar ou já enviou para entidades estrangeiras, os portugueses vêem a saber.

Rui Pinto, eu sou dos que acredita que ainda está entre os vivos, pelo interesse de varias polícias europeias, e não só!

A justiça portuguesa, tal como algumas outras nada fez, nem faria (?!) não fosse o caso de Rui Pinto lhes ter colocado nas mãos os documentos. Os documentos foram obtidos ilegalmente, pois foram, mas não existe um bem maior?! Seja castigado por outros crimes que tenha cometido tipo extorsão, etc., agora pela divulgação destes, não! deve ser elogiado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Rui Pinto não foi o único nem o primeiro a quebrar as regras para que os esquemas de corrupção dos grandes donos do poder fossem conhecidos. E qual foi o seu destino?

Do Wikileaks ao Dieselgate, o que aconteceu aos denunciantes dos maiores escândalos do mundo?

Rui Pinto era já conhecido por ter sido o denunciante dos Football Leaks, o escândalo que denunciou alguns dos esquemas fradulentos que envolveram os negócios do futebol, ainda que o estatuto não lhe tivesse sido atribuído pelo Estado português. Esta semana, e depois do lançamento dos Luanda Leaks, o mundo ficou a saber que os documentos que apontam para más-práticas de Isabel dos Santos nos seus negócios tiveram também como origem o computador do hacker português.

No entanto, Pinto não foi o único nem o primeiro a quebrar as regras para que os esquemas de corrupção dos grandes donos do poder fossem conhecidos. O tratamento que receberam depois disso foi diferente, com muitos a serem autorizados a continuar as suas vidas e outros presos ou asilados. E quem estes denunciantes?

Edward Snowden

Snowden
Quem é?
Snowden é um programador que trabalhou na tecnológica Dell, na Agência Central de Inteligência e na Agência de Segurança Nacional norte-americana. 

O que denunciou? O sistema de cibervigilância montado pelo Estado norte-americano para espiar todos os seus cidadãos através dos seus telefones e computadores, quer estes fossem inimigos do Estado ou pessoas comuns.

O que lhe aconteceu? Foi acusado de roubo de informações do Estado e violação da Lei de Espionagem, bem como de violação de sigilo profissional. A Rússia concedeu-lhe asilo

Julian Assange

Assange

Quem é? Assange fundou a WikiLeaks, uma organização sem fins lucrativos que desde 2010 tem servido de plataforma de publicação de documentos ligados a vários escândalos de corrupção.

O que denunciou? O manual de tratamento dos presos de Guantánamo, vários documentos relacionados com a guerra do Iraque e do Afeganistão e os emails roubados pelos russos ao Comité Nacional Democrata, nas eleições presidenciais de 2016.

O que lhe aconteceu? O Equador concedeu-lhe asilo diplomático em 2012, retirado em abril de 2019. Está agora numa prisão de alta segurança no Reino Unido, a aguardar o início de extradição para os Estados Unidos. Lá é acusado de traição ao Estado, numa sentença que pode chegar aos 170 anos de prisão.

Christopher Wylie

Christopher Wylie

Quem é? Wylie é programador e trabalhou como diretor de investigação no desenvolvimento de campanhas políticas para novas plataformas na empresa Cambridge Analytica

O que denunciou? A recolha ilegal de dados de 87 milhões de pessoas através dos seus perfis de Facebook para serem utilizados na realização de campanhas de influência em acontecimentos chave como a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos ou o referendo do Brexit no Reino Unido.

O que lhe aconteceu? Atualmente está a trabalhar na sueca H&M enquanto diretor de pesquisa.

Hemanth Kappanna

Hemanth Kappanna

Quem é? Kappanna é engenheiro eletrotécnico e trabalhou como investigador no Conselho Internacional para os Tranportes Ecológicos.

O que denunciou? O software utilizado pela Volkswagen para mascarar a quantidade de gases tóxicos que os seus motores emitiam, para fazer com que fossem aprovados segundo as leis em vigor.

O que lhe aconteceu? Passou da Volkswagen para a General Motors, onde era responsável pela ligação institucional entre a empresa e a Agência Ambiental norte-americana. Foi despedido em 2019 e regressou ao seu país natal, a Índia.

Glenn Greenwald

Greenwald

Quem é? Greenwald é um jornalista norte-americano radicado no Brasil, fundador do The Intercept.

O que denunciou? Foi o jornalista escolhido por Snowden para escrever sobre o esquema de cibervigilância dos Estados Unidos e divulgou as conversas de Sérgio Moro sobre a Operação Lava Jato, conhecidas como Vaza Jato.

O que lhe aconteceu? Greenwald está a ser acusado pelo Ministério Público brasileiro de "auxiliar, orientar e incentivar" o grupo de hackers que vigiou os telemóveis dos envolvidos.

Antoine Deltour

Antoine Deltour

Quem é? Deltour trabalhou como auditor durante três anos na PricewaterhouseCoopers (PwC) no Luxemburgo.

O que denunciou? O esquema que permitia às multinacionais auditoradas pela PwC não pagarem impostos em território luxemburguês.

O que lhe aconteceu? Foi acusado de violação do sigilo profissional, de lavagem de dinheiro e de roubo de informações, tendo sido condenado a 12 meses de pena suspensa, diminuída depois para seis meses após recurso. Em 2018, o Supremo Tribunal do Luxemburgo concedeu-lhe o estatuto de denunciante, anulando as penas. por Juliana Nogueira Santos. Sábado. Fotos: Reuters e próprios

GNR obrigados a almoçar com ministro. Famílias ficaram à porta.

Os 388 novos guardas da GNR foram obrigados a almoçar com o Ministro da Administração Interna, depois da cerimónia de compromisso de honra, obrigando os familiares a ter de ficar à espera no exterior.

Esta terça-feira, numa cerimónia de compromisso de honra dos 388 novos guardas da Guarda Nacional Republicana (GNR), aconteceu algo que a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) considera caricato.

Em declarações à TSF, César Nogueira, o presidente da APG, explica que os guardas prestaram o compromisso de honra e foram impedidos de sair para almoçar com os seus familiares, contrariando a tradição deste dia.

“É um dia de festa e, por isso, depois, o normal é os guardas comemorarem ao almoço com os familiares. O que aconteceu foi que os instruendos tiveram de almoçar com o senhor ministro e com o staff da própria GNR e os familiares tiveram de aguardar cá fora”.

Segundo a APG, o almoço com o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tratou-se de uma estratégia mediática e, do lado das famílias, o sentimento foi de descontentamento e de exclusão.

“As famílias, por aquilo que nós acompanhamos, já estavam a demonstrar o seu descontentamento através das redes sociais. E os guardas também ficaram descontentes porque, no final, é normal quererem estar com a família”.

Brexit. Desta vez é que é.

3, 2, 1… Brexit! E agora, o que acontece?

"Addio, adieu, aufwiedersehen, goodbye". Desta é que é. O Acordo de Saída está assinado e será promulgado ao final da tarde desta quarta-feira em Bruxelas, entrando em vigor a partir da meia-noite de 31 de janeiro. Mas ainda há muitas dúvidas sobre o que virá depois do adeus A separação foi decidida em 2016 mas foram precisos 1 315 dias para oficializar o divórcio. O Acordo de Saída, assinado por todas as partes, foi entregue em Bruxelas na manhã desta quarta-feira, 29 de janeiro, para ser promulgado pelos deputados europeus às 18h00 (17h00 em Lisboa). A partir daí, o Reino Unido já não fará oficialmente parte da União Europeia e os 73 britânicos com assento no parlamento europeu saem do edifício para não mais voltar. Em termos práticos para os restantes mortais, será às 24h00 CET de 31 de janeiro (23h00 em Londres e Lisboa) que o Brexit entra em vigor. O primeiro-ministro britânico quer fazer uma festa e o assunto do momento em Inglaterra tem sido o “Bong” que Boris Johnson propõe para assinalar “o fim de uma era”, e que implicaria gastar mais de 700 mil euros para que o Big Ben, que está em obras, pudesse estar funcional para marcar essas históricas badaladas.

Ao longo do mês de janeiro “Bong” é mesmo a palavra mais pesquisada no Google em terras de Sua Majestade, e só depois surgem outras que denunciam a preocupação com a saída da União Europeia, como “vistos” e “passaporte”. Na sexta-feira se verá o que acontece em Westminster, embora não seja provável que nesta matéria Boris Johnson consiga levar a sua adiante.

E depois? Em termos institucionais, Sir Tim Barrow mantém-se como embaixador britânico junto da União Europeia e entrará em funcionamento uma delegação da União Europeia junto do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (equiparada a embaixada), e que será liderada pelo português João Vale de Almeida.

A 1 de fevereiro pouco mudará para os cidadãos portugueses que vivam no Reino Unido, ou queiram viajar em turismo, tal como para os britânicos residentes no nosso país, ou que nos pretendam visitar em férias.

As grandes alterações são esperadas em 2021, com a entrada em vigor das regras que terão maior impacto na economia, como as importações e exportações, e que serão negociadas durante o chamado “período de transição”, entre 1 de fevereiro e 31 de dezembro de 2021. Os britânicos, com o seu característico sentido de humor, designaram-no como “período Twilight“, fazendo referência à icónica série Twilight Zone (A Quinta Dimensão), onde os personagens viviam “num tempo fora do tempo”, num “mundo intermédio entre a luz e as trevas”.

É realmente um “mistério” o que poderá acontecer após o Twilight, mas até lá vigora o que está definido no Acordo de Saída da União Europeia, e nos acordos firmados entre o governo britânico e o governo português. A saber*:

  • Viajar | Durante o período de transição (até 31 de dezembro de 2020), os cidadãos europeus poderão entrar no Reino Unido com cartão de cidadão ou passaporte sem necessidade de visto, para visitas ou viagens com duração até três meses. É expectável que as condições se mantenham para quem viaje a partir de Portugal depois de 2021, sendo que os britânicos que visitem o nosso país terão condições priveligiadas. Vamos acolher os turistas sem necessidade de vistos de entrada e manter canais abertos nos aeroportos para que possam seguir sem interrupções. Portugal está empenhado em ser “o destino europeu mais amigável” para os britânicos.
  • Residir | Cerca de 1,2 milhões de cidadãos britânicos vivem num país da UE, com as maiores comunidades fixadas em Espanha, França e Alemanha. No Reino Unido, vivem 2,9 milhões de europeus, e aqueles que emigraram antes do Brexit vão manter os seus direitos de residir e trabalhar. Mais de 300 mil portugueses já se registaram junto dos serviços britânicos. Aqueles que se encontram no país há mais de 5 anos ficam com uma autorização de residência permanente, os que chegaram há menos de 5 anos têm autorização provisória, até completarem os 5 anos de residência. A obtenção do estatuto de residente é obrigatória para continuar a viver legalmente no Reino Unido, ter acesso ao mercado de trabalho e poder usufruir dos serviços sociais e outros serviços públicos britânicos. O governo português aconselha os cidadãos nacionais a manterem a documentação em ordem e a guardarem provas de residência (como comprovativos do pagamento de impostos (P60), recibos de salário, extractos bancários, contas domésticas, contratos de arrendamento, etc.), e a inscreverem-se no Consulado-Geral da sua área de residência. Os britânicos residentes em Portugal (cerca de 25 mil) mantêm todos os direitos e, em termos de documentação, terão apenas de mudar a sua carta de condução.
  • Emigrar | Os portugueses representam a maior comunidade emigrante da União Europeia no Reino Unido, com cerca de 400 mil pessoas. O número de trabalhadores portugueses que emigraram para o Reino Unido aumentou 27% entre setembro de 2018 e setembro de 2019, por se temer um aumento das restrições de entrada após o Brexit, contudo as mesmas condições serão dadas a todos os que entrem no país até dezembro de 2020. Depois, Boris Johnson quer instaurar um sistema de pontos semelhante ao utilizado na Austrália, para limitar a entrada apenas a imigrantes qualificados. Haverá também uma condicionante salarial, propondo-se que tenha de haver uma oferta de emprego com um ordenado mínimo de 30 mil libras anuais (35 mil euros).

Ainda há muito por definir. Muitas coisas mantém-se iguais, outras poderão mudar substancialmente, mas certo é que ganhámos uma palavra nova: brexiting, para definir alguém que diz ter mesmo, mesmo, mesmo de ir embora de uma festa, mas depois fica para mais um copo (ou três). Valha-nos, como sempre, o humor britânico.

* Para esclarecer outras dúvidas, pode entrar em contacto com o Centro de Atendimento Consular para o Reino Unido – Linha “Brexit”, através do telefone +44 20 3636 8470 ou do e-mail cac.ru@ama.pt. Para questões relacionadas com o EU Settlement Scheme, está também disponível uma linha de apoio do governo britânico, EU Settlement Resolution Centre, através do 0300 123 7379 (dentro do Reino Unido) ou + 44 20 3080 0010 (para chamadas a partir do estrangeiro). Patrícia Fonseca . Observador

O PS de olhos postos na luz do PSD, define os dez mandamentos para o pós-geringonça

Nas primeiras jornadas parlamentares da legislatura, o PS define as linhas para se coser nos próximos tempos, a começar no processo orçamental. E teve três peças de António Costa nas primeiras horas.

A era pós-geringonça avizinha-se complicada para o PS que não tem do seu lado os parceiros parlamentares dos últimos quatro anos, pelo menos com a mesma disposição negocial. E este primeiro Orçamento do Estado da legislatura do novo quadro político começa com a guerra da luz e “arranjinhos” à vista que deixaram o PS a repetir, na abertura das jornadas, as instruções para a prática do socialismo nesta nova era, sobretudo nesta fase orçamental que se segue.

1. Ama as “contas certas” acima de todas as coisas e o défice como a ti mesmo

Mário Centeno falou antes do almoço, servido na Quinta do Moinho de São Filipe, em Setúbal, e começou por notar como era maior a sala socialista comparada com aquela que as jornadas parlamentares da anterior legislatura permitiam ter. Uma referência aos mais 22 deputados que o PS conseguiu nas últimas legislativas e que embora saiba que não chegam para aprovarem sozinhos o seu Orçamento, Centeno acredita serem suficientes para “conseguir chegar ao fim com contas certas”.

O propósito é esse e foi a ele que o ministro das Finanças chegou depois de nos 15 minutos iniciais da sua intervenção ter sublinhado que na sua era os salários passaram a crescer, a economia está “a crescer há 23 trimestres consecutivos”, há mais postos de trabalho, a “economia está mais robusta e sustentável”, os impostos baixaram, as contribuições sociais cresceram. E isto tudo apesar da conjuntura externa que Centeno jura a pés juntos que não é tão boa como a pintam: “Tudo isto traz-nos às contas certas e o desafio é termos um Orçamento com contas certas e este é o momento determinante”. Porque vem aí o debate na especialidade e com ele mais de um milhar de propostas de alteração.

A líder parlamentar Ana Catarina Mendes viria logo a seguir garantir que o PS não deixará passar propostas ímpias: “Não nos silenciaremos com o desvirtuar de um Orçamento responsável”. E o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Duarte Cordeiro disse que o PS tem de “ser seletivo no que deve aceitar sob pena de descaracterizar o orçamento ou pôr em causa o programa do Governo”. E há contas feitas sobre os custos das propostas do PSD, mas já lá iremos noutro mandamento.

2. Não invocarás o nome da geringonça em vão

O que lá vai, lá vai e essa era acabou. PCP e Bloco de Esquerda estão noutro patamar agora, embora o PS saiba que tem de manter essa relação estreita, sinalizando algumas cedências no Orçamento do Estado (exemplos? o aumento extraordinário das pensões pode conquistar o PCP e as restrições aos vistos gold animarão o Bloco). Ninguém se referiu aos dois antigos parceiros pelo nome, mas Mário Centeno avisou que a negociação orçamental “não se faz de um arranjinho sobre o artigo 215” (o do IVA reduzido) e Ana Catarina Mendes a avisar para os riscos de “coligações negativas” do processo que aí vem. “A responsabilidade tem de imperar”, avisou. Os tempos são definitivamente outros.

3. e 4. Santificarás alianças com a esquerda e Honrarás o espaço do centro com acordos pontuais (mas é à esquerda que te juntarás)

Por estas jornadas parlamentares passou também Duarte Cordeiro — que além de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares também é um dos esquerdistas do PS, um pedronunista — por isso, a referência à esquerda lá esteve. Esse será o caminho preferido pelo PS, em caso de necessidade (e são todos): “O PS não se limita apenas aos partidos com quem aprovou os últimos quatro orçamentos. Não há razão para que nesta legislatura tenhamos atitude diferente [e deu os exemplos das negociações na descentralização e no Plano Nacional de Investimentos]”. Mas logo a seguir lembrou: “O espaço político de entendimento natural é com a esquerda parlamentar e com os ambientalistas. A nossa vontade é continuar esse caminho e não será pelo PS e pelo Governo que será interrompido”.

5. Tentarás aniquilar o PSD neste Orçamento

É o inimigo número um e isso ficou claro nas primeira três intervenções destas jornadas parlamentares. Mário Centeno foi a Setúbal dizer que o PSD “está numa lógica óbvia de ganho político imediato sacrificando interesses do país e dos portugueses”. Duarte Cordeiro registou que as propostas do PSD “não têm o equilíbrio que aparentam e a sua aprovação representa uma irresponsabilidade”. Ana Catarina Mendes juntou-se logo de seguida para atacar a “lista de medidas avulso, sem visão estratégica para Portugal” do PSD. O partido liderado por Rui Rio sai destas primeiras jornadas do PS como o alvo a abater — já que não é o único a ter propostas que o PS rejeita, mas é o único que o PS ataca desta forma.

6. e 9. Guardarás castidade na proposta de Orçamento do Governo e até nos pensamentos

“Devemos ser seletivos no que devemos aceitar sob pena de descaracterizar o orçamento ou pôr em causa o programa do Governo”. Duarte Cordeiro veio dizer isto aos deputados, que o caminho a seguir na resposta às propostas de alteração (cerca de 1300) que estão em cima da mesa é aguentar. Não ceder a tudo, até porque há populismo no que aí vem. “Não nos silenciaremos perante as desigualdades que as propostas do PSD implicariam neste Orçamento do Estado”, veio dizer também Ana Catarina Mendes. E antes dela, Mário Centeno pegou no lápis e fez as contas (ao PSD, claro está): “As propostas do PSD se fossem todas aprovadas agravariam o défice em 2,2 mil milhões de euros, mil milhões de mais despesa e diminuiriam a receita em mil milhões”.

7. Não permitirás que te roubem méritos económicos

Aqui o grande defensor do princípio é Mário Centeno. O ministro das Finanças, quando faz o levantamento dos feitos dos últimos quatro anos, não admite que isso seja entregue à boa conjuntura económica. “Não é verdade que estejamos perante essa conjuntura económica que é a melhor de sempre. O que é verdade e diferente é que a riqueza cresce porque o Estado faz a sua parte absolutamente essencial nessa tarefa. Porque criamos mais postos de trabalho do que em qualquer país da Europa”.

8. Levantarás todos os testemunhos sobre o IVA da luz

Não houve quem subisse ao palco sem falar da proposta do PSD no IVA da luz — ainda que PCP e Bloco também tenham propostas semelhantes, são os sociais-democratas que interessam, definitivamente, ao PS (v. 5º mandamento). Para Ana Catarina Mendes,  não é “só uma tremenda irresponsabilidade, mas uma medida demagógica e populista que o PSD sabe que implicaria custos orçamentais insuportáveis”. Para Mário Centeno, a proposta é ilegal e a testemunhá-lo, Centeno trouxe a legislação comunitárias e três princípios que as Finanças garantem estarem a ser violados com esta proposta: “Falta base legal, viola o princípio da neutralidade do IVA e origina distorções na concorrência”. Duarte Cordeiro apareceu, depois, com o testemunho das contas: não é possível contabilizar apenas o consumo doméstico porque essa distinção é ilegal, logo, a proposta do PSD para baixar o IVA da eletricidade (mas com consumo doméstico e não doméstico incluídos) significaria um impacto de 334 milhões de euros. No total do ano esse impacto subiria para 668 milhões. Ninguém fez contas às propostas do PCP e do BE e muito menos à do Governo, que está a ser avaliada pelo comité do IVA, e que pretende modelar a taxa ao escalão de consumo. São outras contas.

10.  Não admitirás que a legislatura possa durar menos de quatro anos

Aqui foi a líder parlamentar que interveio para garantir guerra às “coligações negativas” orçamentais — até porque agora podem ser mais devastadoras e o Governo já gastou o trunfo da ameaça de demissão — e também para dizer que o PS “tem contribuído de forma decisiva e determinada para a estabilidade política e social que o país exigiu há quatro anos. Continuaremos a lutar pela estabilidade e estamos aqui para uma legislatura, determinados e convictos, de que os compromissos que assumimos com os portugueses serão cumpridos na íntegra nestes quatro anos”.

Rita Tavares – Observador

Hackers adulteraram resultados eleitorais na Guiné Bissau

Toda a fraude informática foi montada a partir de Portugal: um grupo de três piratas informáticos foi contratado no Barreiro por 75 mil euros. E conseguiu introduzir um vírus nos computadores da Comissão Nacional de Eleições.

As eleições presidenciais realizadas a 29 de Dezembro passado na Guiné-Bissau foram sabotadas por um grupo de piratas informáticos que entraram no computador da Comissão Nacional de Eleições e falsearam o resultado final, atribuindo a vitória a Umaro Sissoco Embaló, candidato do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (MADEM-G15).

Toda a história parece um filme. A contratação dos piratas no Barreiro, como se infiltraram no computador da Comissão Nacional de Eleições (CNE), os vírus que deixaram no sistema e a guerra em torno do pagamento, que está na origem da revelação de todo o esquema, prometem causar uma reviravolta no processo eleitoral. O candidato Sissoco Embaló ganhou a segunda volta com 53,55 por cento dos votos mas um conjunto de irregularidades administrativas – como a falta de uma ata de apuramento dos resultados – já tinha originado uma impugnação do acto eleitoral por parte de Domingos Simões Pereira, candidato apoiado pelo PAIGC. Agora, com estes novos factos, todo o processo pode implodir e conduzir a novas eleições.

Uma investigação realizada pela SÁBADO nas últimas semanas – assente na análise e recolha de documentos, depoimentos, mensagens escritas e de som - demonstra ter ocorrido um acto de pirataria informática, por parte de um conjunto de pelo menos três pessoas, de nacionalidades diferentes, negociado e desenvolvido a partir de Portugal. Este caso, para lá da interferência eleitoral em Bissau, prova a relativa facilidade de contratação de ‘hackers’ em Portugal e os preços praticados. Sábado.

Assim vai o PAN. Deputada do PAN partilha vídeo de “raposa a amamentar coalas órfãos”… que afinal são crias de raposa.

Cristina Rodrigues publicou um vídeo que supostamente mostra um momento de ternura interespécies, na sequência dos incêndios da Austrália. Mas o vídeo já circula há seis anos e as crias não são coalas. Na verdade, as raposas chegam a subir às árvores para comer coalas bebés.


O vídeo, no entanto, é uma fraude com várias camadas: não foi filmado no rescaldo dos incêndios que têm assolado a Austrália (e quase certamente não são sequer da Austrália), foi publicado pela primeira vez em 2014 (e filmado provavelmente em 2008) e, mais importante, os animais que estão a ser amamentados não são coalas, mas sim, como se esperava, as próprias crias da raposa.


Estas imagens, aliás, fazem parte de uma série de vídeos que o utilizador Luc Durocher publicou no YouTube há quase seis anos – e em alguns desses clipes é possível ver bem que as crias são apenas pequenas raposas. A página de Facebook de onde a deputada partilhou o vídeo (chamada Did You Know?) tem mesmo vários comentários a alertar para o facto de as crias não serem coalas.

O canal de Luc Durocher, que parece ser apenas um amante da natureza e não um fotógrafo profissional ou autor de documentários, tem apenas 22 subscritores. E nada leva a suspeitar que as imagens tenham sido captadas na Austrália. A julgar pelo título dos vídeos (renards roux, francês para raposa vermelha), Durocher é francófono – e a neve que surge em alguns vídeos do que parecem ser os mesmos animais na mesma floresta não é vulgar nas regiões australianas que têm ardido nas últimas semanas. Em alguns clipes, o título aparenta ser apenas uma data, o que dá a entender que foram filmados há quase 12 anos, a 7 e 8 de Abril de 2008.

Cristina Rodrigues, na realidade, é apenas uma de muitas pessoas que têm partilhado o vídeo como prova da doçura dos animais num momento difícil. Um utilizador do Twitter chamado Hadarsh Hegde, que partilhou o vídeo no sábado, 25, escreveu “Uma raposa alimenta bebés coalas na Austrália. Nos incêndios da Austrália, bebés perderam as suas mães e muitos animais mães perderam os seus pequeninos. Este é um belo exemplo de humanidade.”

Não é provável que uma raposa fosse apanhada a alimentar crias de coala. O mais natural é que as devorasse à mínima oportunidade. Na Austrália, onde foram introduzidas em meados do século XIX, tornando-se uma peste, as raposas-vermelhas aprenderam mesmo a subir às árvores para caçar, precisamente, crias de coala.

Luís Ribeiro

Costa ( o Trump luso) avisa que há quem esteja com "pressa de precipitar o fim da legislatura" (e estão também à esquerda)

“António Costa foi às jornadas do PS dizer aos deputados para terem atenção na especialidade com quem quer acabar com a legislatura antes do tempo. "Não nos obriguem a trair" o programa, dramatizou.”

O processo orçamental está a entrar na fase mais bicuda, com a análise e votação de 1300 propostas de alteração dos partidos à proposta que o Governo entregou em Dezembro. E António Costa foi às Jornadas Parlamentares do PS, em Setúbal, alertar para “quem tem muita pressa de precipitar o fim da legislatura” e de querer logo no primeiro Orçamento “fazer o que se comprometeu fazer ao longo de quatro anos”.

Como diz o povo: “foi atirar com areia para os olhos” da população, pois o orçamento de estado para 2020, está mais do que acordado com o PCP e o BE!!!

Os ataques gratuitos de um líder fraco, ao PSD, que precisa de ainda dizer boutades para os seus seguidores - e pedintes de empregos bem remunerados e que sejam facilmente “pilháveis” - se sentirem felizes, depois de uma legislatura que foi da sua inteira responsabilidade!

Convém recordar que este Trump á portuguesa, foi nada mais nada menos que o braço-direito de José Sócrates e colega dos outros ministros de José Sócrates, que levou para o seu governo quer no anterior quer no actual. São os tais que levaram o país á falência, como é normal quando o PS governa o país!

- Este Trump é o que dizia em 2015 que teria o governo mais pequeno de sempre! O executivo liderado por António Costa, integrou 17 ministros, além do primeiro-ministro, é um dos maiores dos vinte Governos Constitucionais desde 1976, que tiveram em média 16 ministérios

- Este Trump é o que tem o maior governo de sempre! O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais!

- Este Trump é o maior gastador do dinheiro dos contribuintes com os amigos asilados em departamentos governamentais, e não só!

- O I Governo Constitucional, liderado pelo socialista Mário Soares, tomou posse em 23 de Julho de 1976, depois da vitória nas eleições legislativas de 25 de Abril desse ano, tinha 16 pastas, todas atribuídas a homens, com a particularidade de o líder do executivo ter também a tutela dos Negócios Estrangeiros.

- O executivo mais pequeno da história da democracia portuguesa foi o primeiro Governo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho que, quando tomou posse, a 21 de Junho de 2011, tinha apenas 11 ministros, além com o primeiro-ministro.

E um hacker matou a nossa ‘inocência’

Perante o falhanço das instituições tradicionais das democracias liberais, hackers como Rui Pinto são um freio à corrupção no mundo digital. É agradável saber que alguém arruinou o sono dos corruptos.

Uma vez mais, um hacker matou a nossa ‘inocência’. Graças a Rui Pinto, ninguém pode agora ignorar, ou fingir que ignora, a origem da fortuna de Isabel dos Santos. Em 2013, Edward Snowden, um fornecedor de serviços da Agência Nacional de Segurança dos EUA, já havia mostrado ao mundo como o Estado americano usava (ou usa) de forma abusiva os nossos dados pessoais. Desde então, deixámos de ter dúvidas de que Estados e empresas têm informação que pensávamos ser nossa, pessoal e intransmissível. Os Panama papers divulgaram informação sobre transacções financeiras que a justiça, serviços tributários e entidades de supervisão aparentemente desconheciam. Violando, amiúde, leis, muitos hackers, com o apoio fundamental dos media, têm funcionado como um mecanismo de checks and balances de combate à corrupção nas democracias liberais.

Rui Pinto pôs fim ao mito da capacidade empreendedora de Isabel dos Santos. Alguns dirão que esse era um segredo de polichinelo. A verdade é que foi a informação divulgada pelo Luanda Leaks que tornou impossível a continuação desta farsa. A despeito dos seus méritos como gestora, Isabel dos Santos gerou e alimentou a sua riqueza na sombra dos privilégios familiares e relações preferenciais com o Estado angolano.

Abundam na história do mundo casos de enriquecimento em resultado de corrupção, apropriação de recursos naturais e de privilégios decorrentes da proximidade ao poder político. Durante muitos anos, grande parte da riqueza acumulada por esses meios era reinvestida no próprio país. No entanto, nas últimas décadas as democracias liberais ocidentais passaram a ocupar um papel central na circulação internacional da riqueza acumulada por cleptocratas. Neste contexto, importa referir o papel pioneiro da Suíça no sistema mundial de lavagem de dinheiro, desde o início do século XX.

Apesar das regras mais apertadas no controlo de capitais, o Ocidente, onde vigoram as democracias liberais e o Estado de direito, tornou-se o porto de abrigo de bilionários, que aí procuram protecção da sua propriedade acumulada ilicitamente e, também, reconhecimento e respeitabilidade social.De facto, a globalização financeira facilitou a circulação de capitais entre as economias emergentes e desenvolvidas. Bilionários de países em desenvolvimento – Angola, Rússia, Nigéria ou China –, com riqueza obtida por processos pouco lícitos e sem a garantia de protecção dos seus direitos de propriedade, deslocam as suas fortunas para paraísos fiscais e para países do Ocidente. Os paraísos fiscais têm sido o foco daqueles que se preocupam com a corrupção e a fuga aos impostos. Porém, uma parte significativa da riqueza extraída dos países em desenvolvimento por muitos dos seus bilionários não é aplicada em off-shores. Muitos preferem outras aplicações ou investimentos, como o mercado imobiliário das grandes capitais europeias – Lisboa é um exemplo – ou as participações empresariais. Dessa forma, paulatinamente, a origem dessa riqueza vai caindo no esquecimento e os seus detentores alcançam uma dignidade e segurança que nunca poderiam alcançar nos seus países de origem.

É paradoxal que estes bilionários, originários de regimes totalitários e cleptocráticos, procurem protecção nas democracias liberais. E é também um sinal do falhanço das instituições do Estado de direito nas democracias liberais.

Os ‘bilionários extratores’ tornaram-se um grande negócio para os países ocidentais. Bancos, gabinetes de advogados, consultoras, o mercado imobiliário têm sido os grandes beneficiários. Em Portugal, onde o capital escasseava, os bancos estavam falidos e o mercado imobiliário de rastos, bilionários como Isabel dos Santos foram uma verdadeira boia de salvação. Foram, por isso, recebidos de braços abertos e de olhos fechados.

No Ocidente, aquelas fortunas continuam a ser uma tentação para muita gente. Pior: os incentivos das instituições e dos poderes instituídos para impedir a entrada de capitais com origem duvidosa são ainda reduzidos. As escassas medidas eficazes de contra o branqueamento de capitais estiveram associadas ao combate ao terrorismo e à violação dos direitos humanos, como aconteceu com o Magnitsky Act, implementado em 2012 nos Estados Unidos.

Estima-se que a Rússia, que criou dezenas de bilionários com as privatizações que se seguiram à implosão da União Soviética, tenha cerca de metade da sua riqueza sediada no estrangeiro. Alguns desses bilionários vivem em cidades como Londres. Os mais exuberantes são proprietários de clubes de futebol. Outros procuram a respeitabilidade através de acções filantrópicas e de obras sociais. Por exemplo, Leonard Blavatnik, armado Cavaleiro de Sua Majestade a Rainha de Inglaterra, associou o seu nome ao Museu Victoria & Albert e a um college em Oxford.

Isabel dos Santos procurou (e ganhou) respeitabilidade, tornando-se acionista de algumas das mais importantes empresas portuguesas. Contou sempre com o apoio dos Governos. Podemos legitimamente questionar a imparcialidade dos processos judiciais em curso em Angola. O país está mergulhado numa crise económica grave e atravessa ainda um processo de mudança de poder. Neste contexto, o processo contra a filha do ex-Presidente poderá ser apenas parte de outro processo: a redistribuição de recursos entre a classe dirigente. Temos de esperar mais para perceber se estamos a assistir ou não à emergência de um Estado de Direito em Angola. Por outro lado, o contraste entre a vida faustosa da família de Isabel dos Santos e a miséria da população angolana já não pode ser ignorada ou mantida na sombra de uma história empresarial de sucesso. O Luanda Leaks trouxe uma nova luz sobre esta realidade, uma luz que não pode ser apagada.

Hoje, com o Luanda Leaks, já não é possível ignorar a origem da riqueza de Isabel dos Santos, nem que, nas últimas décadas, as instituições de Angola foram usadas por um conjunto de oligarcas e cleptocratas para seu enriquecimento pessoal.

Perante o falhanço das instituições tradicionais das democracias liberais, hackers como Rui Pinto são um freio à corrupção neste novo mundo digital. Há hoje, em Portugal e no mundo, corruptos e outros grupos de malfeitores aterrorizados. Não deixa de ser agradável saber que alguém lhes arruinou o sono, uma das torturas mais penosas a que se pode ser submetido. Estas insónias não são um benefício menor das actividades do hacker Rui Pinto.

Fernando Alexandre

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Recomendações sobre Coronavírus.

Recomendações sobre Coronavírus

O QUE É UM CORONAVÍRUS?

Os Coronavírus são uma família de vírus conhecidos por causar doença no ser humano. A infecção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia.

O QUE É ESTE NOVO CORONAVÍRUS?

O novo coronavírus, intitulado 2019-nCoV, foi identificado pela primeira vez em janeiro de 2020 na China, na Cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto na cidade de Wuhan. A fonte da infeção é ainda desconhecida.

COMO SE TRANSMITE?

Ainda está em investigação a via de transmissão. A transmissão pessoa a pessoa foi confirmada, embora não se conheçam ainda mais pormenores. 

QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?

As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse e dificuldade respiratória.

Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.

QUAL O RISCO?

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) considera que existe, neste momento, uma probabilidade moderada de importação de casos nos países da União Europeia/Espaço Económico Europeu (UE/EEE).

A probabilidade de transmissão secundária na UE/EEE é baixa, desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção adequadas.

EXISTE UMA VACINA?

Não existe vacina. Sendo um novo vírus, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento.

EXISTE TRATAMENTO?

O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas apresentados.

COMO ME POSSO PROTEGER?

Não tendo sido reportados casos em Portugal, não estão indicadas medidas específicas de proteção.

Nas áreas afetadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene, etiqueta respiratória e práticas de segurança alimentar para reduzir a exposição e transmissão da doença:

Evitar contato próximo com doentes com infeções respiratórias;

Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes;

Evitar contato desprotegido com animais selvagens ou de quinta;

Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);

Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

COMO VIAJANTE, O QUE DEVO FAZER?

A OMS não recomenda, nesta fase, restrições de viagens e trocas comerciais para a China;

Se tiver como destino a China, deve seguir as recomendações das autoridades de saúde do país e as recomendações da OMS, referidas em: “COMO ME POSSO PROTEGER?”;

Para viajantes regressados das áreas afetadas que apresentarem sintomas sugestivos de doença respiratória, durante ou após a viagem, antes de se deslocarem a um serviço de saúde, devem ligar 808 24 24 24 (SNS24), informando sobre a sua condição de saúde e história de viagem, seguindo as orientações que vierem a ser indicadas. 

ONDE POSSO ENCONTRAR MAIS INFORMAÇÕES?

Visite os sites do ECDC ou OMS.

Fonte: DGS (Noticia original)

27 de January de 2020 às 11:55

http://www.gripenet.pt/pt/news/2020/1/27/Newsletter_2019_20_n13_03/

João Ferreira - O pai

João Ferreira é um dos ‘meninos bonitos’ do Partido Comunista Português. Mas, além de deputado no Parlamento Europeu, é também vereador na Câmara Municipal de Lisboa. A verdade é que o cabeça de lista do PCP nas próximas europeias  não foi o único da família Ferreira com um cargo de destaque: o pai, Manuel Ferreira, foi vice-presidente da Associação Inválidos do Comércio. E ainda muito recentemente João Ferreira viu-se envolvido numa polémica devido ao pai. Segundo uma reportagem da TVI, a Associação dos Inválidos do Comércio despejou idosos para destinar prédios a empresas imobiliárias para alojamento local. Manuel Ferreira, enquanto vice-presidente da associação - que está entre os maiores proprietários de imoveis do pais e recebe do Estado mais de um milhão de euros por ano - esteve por trás da medida. O filho, note-se, é na Câmara Municipal de Lisboa um dos maiores críticos da lei dos despejos e do alojamento local. Em reacção, depois da emissão da reportagem, o PCP acusou a TVI de ter criado uma campanha de «difamação e calúnia» contra o partido.

Ana Gomes, a justiceira vinda do PS

Ana Maria Rosa Martins Gomes é uma jurista, antiga diplomata e política portuguesa. Com um longo percurso na política, a eurodeputada do PS Ana Gomes é conhecida pelas batalhas que trava em nome da integridade e da transparência.

Já a filha não seguiu as passadas da mãe e têm-se mantido longe da política: aos 39 anos, ainda durante o mandato de António Costa na Câmara Municipal de Lisboa (MCL), Joana Gomes Cardoso tornou-se presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC). Como é que chegou aqui? Formada em relações internacionais, tem um mestrado em Culturas e Desenvolvimento. Logo depois de ter concluído a licenciatura, foi jornalista da CNN nas delegações de Nova Deli e Nova Iorque durante um ano e passou depois para a SIC Notícias, onde esteve durante seis anos sempre ligada aos assuntos internacionais. Mais tarde, passou a directora de comunicação do European Institutions Office da Amnistia Internacional, em Bruxelas. Três anos volvidos abraçou o desafio de diretora-geral do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério daCultura. Desde 2012, é vice-presidente da secção portuguesa da Amnistia Internacional, cargo que acumulacom o da presidência da EGEAC desde 2015.

Nomeada filha de Ana Gomes

A filha da eurodeputada do PS Ana Gomes tem um novo cargo no Ministério da Cultura. Aos 34 anos, Joana Gomes Cardoso assume a direcção do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais da pasta liderada por Gabriela Canavilhas.

Joana Gomes Cardoso , presidente da EGEAC, a empresa municipal que gere teatros, museus e outros espaços culturais da capital portuguesa. Joana Gomes Cardoso, filha de Ana Gomes arranjou tacho a ganhar cerca de 5 mil euros por mês.

Chicão conduzirá o CDS à unidade?

Cheira-me que Francisco Rodrigues dos Santos quer tornar o CDS num partido vintage. Para já, foi a uma loja de antiguidades e trouxe de lá um Manuel Monteiro em 2ª mão, para restaurar.

José Diogo Quintela

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Colunista do Observador

Ainda não percebi bem o que é Francisco Rodrigues dos Santos. Jornalistas e comentadores insistem em referir-se a ele como um jovem conservador, mas tenho dúvidas. Parece-me mais um hipster. O seu objectivo não parece ser tanto conservar, mas sim trazer de volta coisas datadas do antigamente, como os hipsters fazem com os gira-discos e os álbuns de vinil, ou com aquelas malas velhas sem rodinhas. Cheira-me que Francisco Rodrigues dos Santos quer tornar o CDS num partido vintage. Para já, foi a uma loja de antiguidades e trouxe de lá um Manuel Monteiro em 2ª mão, para restaurar. Agora é ir ao OLX à procura de peças. E às caixas de comentários à procura do discurso. Com uma pintura, Monteiro vai ficar como velho.

Também já se começam a ouvir zunzuns sobre os valores da família. No CDS, valores da família é o eufemismo para discutir o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Já no PS, por exemplo, é o eufemismo para arranjar empregos aos parentes de Carlos César). Sinceramente, do pouco que conheço de Rodrigues dos Santos, acho que ele não se vai pôr já a questionar as diferentes concepções de família que há na sociedade portuguesa. Se há pessoa que tem um modelo de família incomum em que, tenho a certeza, mais ninguém se revê, é ele. Afinal, trata-se de alguém que pôs a mãe da noiva a trabalhar consigo na Comissão Política do CDS. Sim, leram bem: Francisco Rodrigues dos Santos vai ser chefe da própria sogra. Admito que haja quem ache isto normal, mas julgo que foi para modernices dessas que se inventou o conceito de “anti-natura”. A sogra é para tomar conta dos netos, não é para ter reuniões de trabalho. FRS está à vontade para ser colega da mãe da mulher, mas então não lhe chame sogra, chame-lhe outra coisa. A sociedade não está preparada para esta bandalheira.

Talvez a maior preocupação de FRS seja, para já, a de agregar as diversas tendências e sensibilidades do CDS.  Se o CDS tem abundância de alguma coisa, é de tendências e de sensibilidades. Num dia sente-se mais conservador, noutro mais liberal, às vezes acorda a pensar na lavoura, outras vezes é nos pensionistas, há alturas em que é europeísta, outras em que é eurocéptico. Enfim, são mesmo muitas tendências e sensibilidades. O que é um paradoxo para um partido que tem uma visão tão tradicional da sexualidade. Mas a verdade é que, neste momento, o CDS tem quase tantas facções como eleitores. Daí que o Congresso tenha acabado com o novo líder a apelar à unidade. Um apelo que é desnecessário, pois há algum tempo que o CDS caminha, paulatinamente, em direcção à unidade. Já faltou mais para ter apenas 1% dos votos.