segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Fazer comboios em Portugal!?

Cinco meses depois da decisão, foram no dia 15, reabertas as oficinas de Guifões — onde serão recuperados veículos ferroviários para voltarem a circular —, que foram fechadas em 2011. Com a CP em défice de material circulante, a reabertura das oficinas é decisiva na mudança de política na ferrovia, que este Governo diz agora ser uma prioridade, e faz parte de um plano mais ambicioso que passa pelo fabrico de comboios e por pôr Portugal nos carris certos.

Primeiro: estas instalações da CP, já tem décadas de existência!!!

Segundo: estas instalações serviram para a construção do Metro do Porto, como estaleiro dos materiais permanentes, necessários e montagem de carruagens, etc.

Terceiro: em Portugal já tivemos uma empresa que “construía” comboios. Essa empresa a Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas, S. A. R. L., mais conhecida pelo acrónimo SOREFAME, fundada em 1943, mas só na década seguinte passou a construtor de material circulante ferroviário, em parceria com várias empresas internacionais, Para o fornecimento do novo material circulante a utilizar na Linha de Sintra, após a electrificação, foi formado um consórcio, denominado de Groupement d’Étude et d’Électrification de Chemin de Fer en Monophasé 50 Hz[1], e constituído pela SOREFAME, e pelas empresas AEG, Siemens-Schuckert, Alsthom, Brown Boveri Company, Jeumont, Schneider-Westinghouse, Oerlikon, e Schindler. Estes veículos, da Série 2000, começaram-se a fabricar ainda nos fins dos anos 50. Entre 1961 e 1964, entraram ao serviço as locomotivas da Série 1200. Fabricou carruagens para o inicio do Metropolitano de Lisboa, em Portugal. Chegou a vender algum material para a Boeing, para o Metro de Chicago. Convém esclarecer que não fabricava todos os componentes necessários, mas pequenos componentes e os restantes materiais necessários provinham do estrangeiro… tal como hoje com a Auto Europa.

As convulsões sindicais constantes deterioraram-na a partir do 25 de Abril de 1974, o clima de instabilidade social e política, o que atingiu fortemente esta empresa; com efeito, os trabalhadores começaram a realizar diversas greves, motivadas principalmente pelos despedimentos executados aquando da sua recente reorganização. Nos anos 90 ainda retomou alguma actividade, mas em 2001 terminou coma venda a Bombardier Transportation.

Portugal não teve know how, no seculo passado, nem neste, nem escala, para ser um construtor, além disso as necessidades deste material são a uma escala bastante reduzida para Portugal.

Resumindo: O ministro Pedro Nuno Santos ou não percebe nada do que disse ou é a demagogia para “saloios”, típica destes governantes!

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