terça-feira, 3 de novembro de 2020

NAZARÉ

Aqui temos um caso de estudo. Não havia qualquer espetáculo ou competição desportiva; não havia cartazes, anúncios na Comunicação Social. Eu nem sabia que naquela simpática praia ia haver ondas gigantes e estariam lá os maiores do surf. Mas o que nós sabemos, mesmo os profissionais da Comunicação Social, já é muito pouco em relação à velocidade a que corre a informação, e ao facto de as notícias serem direcionadas a grupos específicos. Daí que toda a gente que se interessa a sério por surf, o que não é o meu caso, devia saber daquilo. E foram andando para as arribas da praia, na esperança de ver os seus ídolos surfar ondas enormes, quem sabe se um deles capaz de bater o recorde do mundo. E assim, pelas nove da manhã a Nazaré tinha tanta gente a olhar para o mar, como no fim de semana passado em Portimão havia gente a olhar para a pista do autódromo. Que fazer? Que podem as autoridades fazer, salvo o que fizeram, ou seja, andar a pedir que pusessem máscaras e que se distanciassem? De quem é a culpa? De ninguém, é a resposta séria. A vida moderna é assim, e a pandemia moderna beneficia dela. Bem se pode apelar à consciência de cada um, mas aposto que cada um dos que lá estiveram não imaginava que haveria tanta gente com a mesma ideia.

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