Concordo inteiramente que se faça o museu e mostre de uma forma esclarecedora e imparcial o que foi o regime de Salazar.
Vi na Alemanha varias manifestações permanentes do que foi o regime nazi. Na Alemanha ensinam, nos liceus, o que foi o regime nazi.
Vi na Polonia os centros de extermínio de judeus durante a 2ª grande guerra, tal como vi os estaleiros de Gdansk…
Vi outras manifestações, do mesmo cariz, noutros países, mas isso pouco importa,
Não vi na Rússia, nem na Republica Checa, na Eslováquia, na Hungria, e mesmo na Polónia (só os dois centros de detenção dos judeus), etc… mas posso admitir que não procurei bem.
O importante é que os funcionários signatários do PCP, por razões que eles sabem bem, não querem que o museu mostre tudo. Os funcionários signatários do BE, idem. Os outros subscritores pouco contam para este efeito, pois e tal como os anteriores descritos, se foram presos políticos pela democracia tem todo o meu respeito e a minha discordância relativa a este assunto, mas se foram presos porque não queriam o regime de Salazar e queriam o regime de Estaline ou de Mao Tze Tung, então pouco me interessam politicamente. ou se porventura foram presos por engano, ou crimes comuns…
“Mais de 200 ex-presos políticos revelaram nesta terça-feira um abaixo-assinado em que se manifestam contra a criação de um “Museu Salazar” anunciado pelo presidente da Câmara de Santa Comba Dão, terra natal do ditador.
“Os abaixo-assinados, ex-presos políticos, manifestam, em nome próprio e no da memória de milhares de vítimas do regime fascista — de que Salazar foi principal mentor e responsável —, o mais veemente repúdio pelo anúncio da criação de um “Museu Salazar” feito pelo presidente da Câmara de Santa Comba Dão”, diz o texto a que o PÚBLICO teve acesso. Apelam ainda ao Governo para que, “em conformidade com o relatório aprovado por unanimidade, em Julho de 2008, pela Comissão de Assuntos Constitucionais da Assembleia da República, e com normas da Constituição da República Portuguesa, intervenha para impedir a concretização desse projecto”.
Acrescentam que o museu, “longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações sobre o que foi o regime fascista, se prefigura como um instrumento ao serviço do seu branqueamento e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril”.
“Quando em muitos países se assiste ao renascer de forças fascistas e fascizantes, o país precisa não de instrumentos de propaganda do fascismo — que a Constituição da República expressamente proíbe — mas de meios de pedagogia democrática que não deixem esquecer o cortejo de crimes do fascismo salazarista e preserve a memória das suas vítimas”, diz o texto.
Os abaixo-assinados apelam ainda “a todos os democratas e amantes da liberdade que se manifestem contra a criação, nos termos em que tem vindo a ser anunciado, desse memorial ao ditador”.
Entre os subscritores, estão Alfredo Caldeira, António Borges Coelho, António Espírito Santo, António Melo, António Redol, Camilo Mortágua, Carlos Brito, Diana Andringa, Domingos Abrantes, Domingos Lopes, Emília Brederode, Eugénia Varela Gomes, Fernando Chambel, Fernando Rosas, Francisco Bruto da Costa, Helena Cabeçadas, Helena Neves, Helena Pato, Isabel do Carmo, José Ernesto Cartaxo, José Lamego, José Leitão, José Mário Branco, José Pedro Soares, Luís Moita, Maria Luiza Sarsfield Cabral, Mário de Carvalho, Mário Lino, Modesto Navarro, Sérgio Ribeiro, Teresa Dias Coelho e Teresa Tito de Morais.”
https://www.publico.pt/2019/08/13/politica/noticia/centenas-expresos-politicos-museu-salazar-1883284
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