O próprio Estado, ao fazer um uso generalizado, abusivo e preguiçoso do ajuste directo, tem sido um dos principais promotores dos desequilíbrios e das desigualdades estruturais da concorrência no pequeníssimo mercado português.
Por esta altura, já muitos de vocês consultaram ou ouviram falar do Portal Base (www.base.gov.pt/), uma curiosa fonte de informação, na Internet, sobre contractos públicos. Pelos elementos que fornece – bens, serviços ou obras objecto de contracto; preços contratualizados; identificação das entidades adjudicatárias; e, claro está, os próprios contractos, incluindo anexos e aditamentos –, esta página online deve ser considerada como um documento essencial para a história dos abutres que andam a saquear os cofres do Estado desde, pelo menos, 2008, ano em que foi criado.
João Pedro George
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